17/04/2013

Espectadores

Os cidadãos assistem à politica dos cortes como meros espectadores , impotentes para mudar o curso dos acontecimentos , em que não são ouvidos nem achados em absolutamente nada.

O caricato da situação é que a classe responsável pelo descalabro a que se chegou é quem diz o que se vai passar de seguida.

Os meninos Pedro Passos Coelho ( PPC) e António José Seguro (AJS) andam zangados e a fazer birras ,para falarem ou não. Hoje lá vão-se encontrar para decidir o nosso futuro ou não!

Enquanto isso o nosso paizinho Cavaco , não está para os aturar e foi passear até à Colômbia e Peru.

Agora um bocadinho mais a sério , o que está em cima da mesa é algo ignóbil para a função pública que paga tudo e mais alguma coisa neste processo de ajustamento: mobilidade especial, redução de pessoal, convergência da lei laboral, tabela salarial única, convergência de pensões, subsídios de doença e de desemprego, etc.

Como espectador acho tudo isto um espectáculo deplorável, lamentável, ignóbil, desprezível , reles, infame, opróbrio, vergonhoso, horroroso, tremendo, maldoso e cruel. Extremamente feio e horripilante

Enquanto isso o movimento Que se lixe a troika, convocou um protesto  ruidoso, em que os manifestantes levaram  para a concentração tachos, panelas, apitos, buzinas, vuvuzelas. Esta acção relâmpago , contra a missão da troika que se encontra em Portugal, por coincidência, foi convocada depois de ter dado na televisão numa telenovela uma manifestação com tachos e panelas. Pouca originalidade e os protestos não se podem vulgarizar.

É alguma coisa mas não chega , ser noticia porque houve um detido... Não pode passar a ideia que não vale a pena e não se consegue alterar o rumo dos acontecimentos . Os protestos têm que mudar de vida e serem eficientes e não somente ter eco na imprensa.

JJ