Depois do debate ontem no Parlamento continuamos sem saber se vai haver faseamento no tempo de aplicação dos cortes de 4.000 milhões de euros e como vai ser feito.
Já há mais certeza quanto ao alargamento do prazo para a amortização dos empréstimos europeus e o adiamento por um ano do objectivo do défice de 3%.
Se não houver faseamento nos cortes, feito com mais tempo e ponderação vai haver problemas. Os avisos , sinais e manifestações de desagrado são tão evidentes e gerais que parece que o único que não quer ver é o Governo.
Agora até os militares lançam avisos e entregam carta de protesto a Pedro Passos Coelho.
Estamos a viver um momento de incerteza e imbróglio. Uma situação confusa e embrulhada . Por um lado temos que pagar aos nossos credores , mas por outro já não há onde apertar mais .
Neste equilibro de forças e interesses que é um desequilíbrio , estamos metidos numa trapalhada que não sei como vamos sair dela.
O lógico seria termos mais tempo e calma para tudo se processar com o mínimo de dor, mas há quem não pense assim ou nos faça pensar assim.
Tudo isto é uma preocupação, inquietação e desassossego.
JJ