23/03/2013

Porque o PS não descola do PSD nas sondagens?

Mário Russo
Com as maldades que este governo tem brindado os portugueses era suposto que o PS estaria com 50% das preferências nas sondagens, mas na verdade está a míseros 3 ou 4% e a perder terreno, o que sugere a seguinte pergunta? Como é possível?

É fácil. Os portugueses não confiam neste PS e a coisa vai agudizar-se ainda mais. A postura de Seguro tem sido a de seguir por caminhos fáceis de populismo e eleitoralismo, na convicção de que o povo lhe vai dar os votos.  Se há um défice crónico nas contas públicas, agravado nos anos da governação do seu Partido, ainda há puco em funções, era suposto haver ideias claras de como superar esta realidade. No entanto, Seguro não tem uma solução a não ser impor mais despesa.

Foi contra a racionalização administrativa com a fusão de Freguesias, é contra a racionalização da função pública, é a favor do aumento do salário mínimo (que atrela um conjunto vaso de aumentos transversalmente), é contra a retirada de subsídios às Fundações. É contra a dita reforma  das funções do Estado. É contra o corte dos famigerados 4 mil milhões. É do contra, mesmo que o contra seja do contra.

Todos queremos que todos os portugueses tenham uma boa casa, dinheiro, saúde de borla, transportes de borla, escola de borla, férias nas Caraibas etc. Mas como sustentar estes desejos?  Quem paga e onde nos financiamos? Eu também quero um Mercedes, mas não posso, tenho de viver com o que ganho.

Ao não apresentar soluções credíveis o PS vai afundar-se, pese embora as erráticas políticas deste Governo. Os portugueses estão a sofrer e não conseguem entregar os seus destinos a um PS absolutamente incapaz de tirar o país do atoleiro, pela falta de estratégia desta liderança cinzenta. Se Seguro vier a ser PM, certamente em maioria relativa e fraca,  vai defrontar-se com a falta de dinheiro e aí terá de continuar com esta política, fazendo tudo ao contrário do que anda a prometer.

As reformas odiosas que o governo quer implementar, algumas inevitáveis, deveriam ser feitas e o PS deixar que fossem, mas não, prefere o populismo e atabalhoadamente apresenta uma moção de censura, num ato de precipitação da sua Comissão Política, infestada da tralha socrática. Poderá ser o caminho para o seu próprio funeral.

Os portugueses estão no mato sem cachorro…