Mário Russo |
É fácil. Os portugueses não confiam neste PS e a coisa vai
agudizar-se ainda mais. A postura de Seguro tem sido a de seguir por caminhos
fáceis de populismo e eleitoralismo, na convicção de que o povo lhe vai dar os
votos. Se há um défice crónico nas
contas públicas, agravado nos anos da governação do seu Partido, ainda há puco
em funções, era suposto haver ideias claras de como superar esta realidade. No
entanto, Seguro não tem uma solução a não ser impor mais despesa.
Foi contra a racionalização administrativa com a fusão de
Freguesias, é contra a racionalização da função pública, é a favor do aumento
do salário mínimo (que atrela um conjunto vaso de aumentos transversalmente), é
contra a retirada de subsídios às Fundações. É contra a dita reforma das funções do Estado. É contra o corte dos
famigerados 4 mil milhões. É do contra, mesmo que o contra seja do contra.
Todos queremos que todos os portugueses tenham uma boa casa,
dinheiro, saúde de borla, transportes de borla, escola de borla, férias nas
Caraibas etc. Mas como sustentar estes desejos?
Quem paga e onde nos financiamos? Eu também quero um Mercedes, mas não
posso, tenho de viver com o que ganho.
Ao não apresentar soluções credíveis o PS vai afundar-se,
pese embora as erráticas políticas deste Governo. Os portugueses estão a sofrer
e não conseguem entregar os seus destinos a um PS absolutamente incapaz de
tirar o país do atoleiro, pela falta de estratégia desta liderança cinzenta. Se
Seguro vier a ser PM, certamente em maioria relativa e fraca, vai defrontar-se com a falta de dinheiro e aí
terá de continuar com esta política, fazendo tudo ao contrário do que anda a
prometer.
As reformas odiosas que o governo quer implementar, algumas
inevitáveis, deveriam ser feitas e o PS deixar que fossem, mas não, prefere o
populismo e atabalhoadamente apresenta uma moção de censura, num ato de
precipitação da sua Comissão Política, infestada da tralha socrática. Poderá
ser o caminho para o seu próprio funeral.
Os portugueses estão no mato sem cachorro…