20/02/2013

COMUNICADO

Joaquim Jorge compreende que haja indignação e protestos, mas depende como e onde. Esta forma de protesto cantando uma canção de Abril é interessante e desarmante , porém seguir-se insultos e palavras obscenas só dá trunfos aos outros e quem fica mal é quem os profere.
Joaquim Jorge é completamente a favor que se proteste,que se diga o que está mal, mas com argumentos e inteligência . Esta forma de protesto está-se a banalizar e não atinge os objectivos pretendidos.

Ainda por cima feita no Clube dos Pensadores em que recebe gente dita de direita, esquerda , sindicalistas, empresários, etc.  Desde Setembro recebemos ;Mário Nogueira, . líder da Fenprof ; Maria de Belém presidente do PS ; Cândida Almeida  procuradora- geral Adjunta ; Jorge Miranda reputado constitucionalista . Em Junho tínhamos recebido António Barreto , etc.
O Clube dos Pensadores achou por bem receber um membro do governo , Miguel Relvas que já estava para vir ao Clube , há algum tempo.
O CdP é um local de liberdade de expressão e participação cívica.
Por outro lado ,Joaquim Jorge não aceita que se aproveitem deste formato único do Clube dos Pensadores,em que cada um pode perguntar o que muito bem entender ,sem censura ou algo combinado previamente.Assim como, estar presente sem inscrições prévias ou condicionadas.

Liberdade implica responsabilidade . Foi lamentável , o insulto e interromperem uma sessão feita para os cidadãos e sociedade civil . Sempre foi a favor do contraditório e pontos de vista diferentes e perguntas difíceis.
Ao fazerem o que fizeram não só atacaram  Miguel Relvas , mas Joaquim Jorge , o Clube e todo o trabalho que se tem feito em prol da cidadania e da participação cívica ao longo destes quase 7 anos.

O Clube dá um espaço amplo para a plateia vulgo sociedade civil fazer as perguntas que acha que deve fazer de uma forma educada , livre e participativa .
Estamos sempre a criticar ( Joaquim Jorge  foi um deles), e não gostou, quando o Governo com convites previamente seleccionados discutiu à porta fechada e sem presença de jornalistas a Reforma do Estado.
 
Quando se está num local  de forma livre, sem condições para que um Ministro explique o que o governo fez e vai fazer. Boicota-se  o moderador, interrompe-se ,não se deixa falar, etc.

Já não sabemos o que é a democracia, tolerância , respeito pelos outros e  principalmente pelo que pensam...

Agora pode-se chegar a um local, interrompe-se , insulta-se e não se deixa realizar uma reunião de pessoas que tem como único fito o debate de ideias e esclarecimento!

A que se chama a isto em democracia?

Joaquim Jorge reconhece  que se excedeu, toda a tensão , o receio que pudessem ocorrer factos piores dos que  aconteceram, na dificuldade de controlar os ânimos exaltados, o receio que houvesse confrontos entre quem queria assistir ao debate e quem não queria fazê-lo . Tudo isto foi o catalizador dessa reacção extemporânea e intempestiva, desse modo faz mea culpa.

E, não deixa de compreender os manifestantes e tem a noção do que o país está a passar e que muitos deles estão no desemprego e com dificuldades de toda a ordem. Basta ler o que escreve. Esteve presente no 15 de Setembro , também teve cortes salariais , perda de regalias muito grandes e família no desemprego.

Já noutras ocasiões nos debates houve incidentes : ameaça de bomba com Jerónimo de Sousa , manifestação dos trabalhadores do GaiaHotel aquando da presença da Ministra da Justiça . Mas nunca nada que se compare ao que se passou na passada segunda-feira

Contudo os manifestantes poderiam ter-se manifestado, vincado o seu repúdio e indignação, mas depois deixar decorrer o debate normalmente.

Mas a nossa experiência ensinou-nos que o que fica são as imagens passada na televisão , e não, o que realmente se passou e deu origem ao comportamento de Joaquim Jorge

CdP