17/02/2013

“AQUILO QUE OS LÍDERES MUNDIAIS NÃO DIZEM…”

António Ramos*
Permitam-me levar ao conhecimento de todos os leitores deste blogue sobre uma investigação que o signatário levou e efeito, embora com todos os defeitos da rapidez com que foi elaborada e que gostaria de partilhar com vista a uma reflexão, porque as tarefas do dia a dia e as preocupações da crise que aí está, não nos dá espaço e tempo para estar atento às mudanças que correm à nossa frente:

 1.Assim verifica-se que a crise do sistema financeiro mundial está à beira do colapso e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais – a FED, o BCE, o BANCO DO JAPÃO e o TESOURO BRITÂNICO – têm injectado montantes astronómicos no SISTEMA BANCÁRIO MUNDIAL, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas.

 2.A crise do petróleo. Há seis meses que o petróleo entrou numa espiral de preços. O petróleo jamais voltará aos níveis de 2007; a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e amealham e começarão rapidamente os efeitos dos custos de energia, de transportes e serviços. Por exemplo, a subida no preço dos bilhetes do avião com grandes implicações sociais com consequências na indústria de férias e turismo de massas para as classes médias.

 3. A contracção da mobilidade. Fortemente afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias e as trocas físicas comerciais irão sofrer contracção profunda.

4. A Imigração. A Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões de emigrantes. Que buscam melhores condições de vida e formação.

 5. A destruição da classe média. O movimento da destruição das classes médias está a varrer o velho Continente. As pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, força social e capacidade de intervenção.

 6.A Europa morreu. Todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser. Não tem liderança e já não consegue definir quaisquer objectivos num “caldo” de 27 países.

 7. A China ao assalto. A construção naval ao nível mundial comunicou a todos os interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque todos os estaleiros navais do Mundo têm toda a capacidade de construção ocupada por encomendas de navios… da China.

 8. A crise do edifício social. As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar. As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se, as novas gerações não querem laços de projecto comum.

 9. O ressurgir da Rússia e da Índia. Estas estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante.

 10. A revolução tecnológica. Nos últimos meses suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos cinco anos.

 Depois de tudo isto, pergunto-me a mesmo. Em que praia este Governo está a tomar banho. Austeridade, mais austeridade e mais austeridade…

 E ao resultados do Grupo dos G20?

*sem foto por decisão do autor