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António Ramos* |
Permitam-me levar ao conhecimento de todos
os leitores deste blogue sobre uma investigação que o signatário levou e
efeito, embora com todos os defeitos da rapidez com que foi elaborada e que
gostaria de partilhar com vista a uma reflexão, porque as tarefas do dia a dia
e as preocupações da crise que aí está, não nos dá espaço e tempo para estar
atento às mudanças que correm à nossa frente:
1.Assim verifica-se que a crise do sistema
financeiro mundial está à beira do colapso e só se tem aguentado porque os 4
grandes Bancos Centrais mundiais – a FED, o BCE, o BANCO DO JAPÃO e o TESOURO
BRITÂNICO – têm injectado montantes astronómicos no SISTEMA BANCÁRIO MUNDIAL,
sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas.
2.A crise do petróleo. Há seis meses que o
petróleo entrou numa espiral de preços. O petróleo jamais voltará aos níveis de
2007; a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da
China e da Índia que o compram e amealham e começarão rapidamente os efeitos
dos custos de energia, de transportes e serviços. Por exemplo, a subida no
preço dos bilhetes do avião com grandes implicações sociais com consequências
na indústria de férias e turismo de massas para as classes médias.
3. A contracção da mobilidade. Fortemente
afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias e as trocas
físicas comerciais irão sofrer contracção profunda.
4. A Imigração. A Europa absorveu nos
últimos 4 anos cerca de 40 milhões de emigrantes. Que buscam melhores condições
de vida e formação.
5. A destruição da classe média. O movimento
da destruição das classes médias está a varrer o velho Continente. As pessoas
estão endividadas, a perder rendimentos, força social e capacidade de
intervenção.
6.A Europa morreu. Todos os Euro-Políticos
perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser.
Não tem liderança e já não consegue definir quaisquer objectivos num “caldo” de
27 países.
7. A China ao assalto. A construção naval
ao nível mundial comunicou a todos os interessados a incapacidade em satisfazer
entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque todos os estaleiros navais do
Mundo têm toda a capacidade de construção ocupada por encomendas de navios… da
China.
8. A crise do edifício social. As sociedades
ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar.
As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se, as novas
gerações não querem laços de projecto comum.
9. O ressurgir da Rússia e da Índia. Estas
estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante.
10. A revolução tecnológica. Nos últimos
meses suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à
média dos últimos cinco anos.
Depois de tudo isto, pergunto-me a mesmo.
Em que praia este Governo está a tomar banho. Austeridade, mais austeridade e
mais austeridade…
E ao resultados do Grupo dos G20?
*sem foto por decisão do autor