28/01/2013

LEGITIMIDADE


Hercília Oliveira
No momento em que vivemos com uma crise económica e não só, como há anos não vivenciavamos, há duas formas de encarar a maldita politica que nos tem levado a todo este desastre e desencanto.
Normalmente a primeira é a revolta, que manifestamos com palavras, insultos, manifestações, e uma vontade enorme de os eliminar, enfim..., um total desencanto e desrespeito pelos representantes desta dita democracia que se transformou em desgracia.

A segunda é o lado humorístico.
Sim, porque ouvir os políticos dizer certas coisas..., não há dúvida que nos fazem passar momentos de bom humor!
Se não fossem políticos, poderiam ser palhaços, seriam bons profissionais.

Há semanas atrás, começaram algumas vozes dizendo que o governo não tem legitimidade para governar, pois que não estava cumprindo as promessas eleitorais.
Ora isto foi até dito por o secretário-geral do PS, António José Seguro!

Sabendo nós que nenhum governo cumpriu até hoje na integra as promessas ou o programa eleitoral, e então o PS, que ainda há pouco deixou o país no estado em que o deixou..., vir com uma tirada destas, é mesmo para rir!
E se formos a lembrar a legitimidade neste país, já vem de longe...!
Vasco Gonçalves, achou que tinha legitimidade para fazer o que lhe desse na gana, e vai daí nacionalizou o que lhe apeteceu.

Mário Soares, que representava o socialismo e tinha sido eleito por quem escolhera esse regime politico, usou a sua legitimidade e meteu o socialismo na gaveta quando achou conveniente.

Manuela Ferreira Leite, chegou a propor que se suspendesse a democracia por algum tempo. Achava portanto que seria uma legitimidade necessária.
Depois já houve quem achasse legítimo não pagar o que se deve.
É assim a legitimidade..., usada pelos políticos conforme lhes apetece e lhes convêm.
E assim nos vão divertindo, sobretudo quando dizem todas estas coisas com aquele ar de grande sobriedade!