Nas vésperas de Natal, Portugal teve um presente com o
adiamento da doação da TAP ao Sr. German Efromovich.
Certamente que a pressão popular e de diversos quadrantes da
sociedade a avisar que o Governo ficaria indelevelmente ligado a uma negociata
das arábias, envolvendo o ministro Relvas e José Dirceu, do Brasil, deve ter
tido peso.
Não foi por reconsideração que PPC recuou, porque ele não
ouve ninguém. Desta vez, talvez por ser quadra especial de Natal, tenha tido
medo de tomar uma decisão tão criminosa que dificilmente se sairia bem e
poderia ser um pecado digno de inferno.
Abre-se uma janela para que o caso TAP seja o começo de um
diálogo estratégico que valha a pena concretizar para tirar o país da situação em
que está.
Aproveito para felicitar todos os que fizeram o seu melhor
para evitar o que se previa ser um descalabro e gostaria que os membros do
governo fossem todos de férias para a tranquilidade dos seus lares e pensassem
na família, nas suas vidas, no seu futuro e que pensassem que daqui a uns anos
serão velhos, mas sobretudo, que uma vez na vida também se colocassem na pele
das famílias que perderam o emprego, os subsídios de sobrevivência e a
esperança e não terão Natal.
Que pensassem que pertenciam a uma família a quem a EDP cortou a luz porque não tem dinheiro para pagar a conta, pois está desempregado e os subsídios foram cortados por um governo justicialista e vingativo, estando a tiritar de frio neste inverno.Que pensassem se fossem portugueses a ver o seu país a ser desbaratado e destruído por um governo autista, arrogante e vingativo, o que fariam.
Mário Russo |