25/11/2012

Pedro Passos Coelho e o Estado Social

Pedro Passos Coelho assegurou hoje que o seu Governo está empenhado em salvar o Estado Social. Esperemos que sim!

Uma das formas de o fazer seria começar por as pensões serem de acordo com os descontos feitos , indo à raiz do problema . Para isso seria importante haver uma comissão que passasse a pente fino cada cidadão com reforma e analisasse os descontos feitos. 

Mas não o vai fazer mexeria com muita gente privilegiada.

Eu sei muito bem que há muita e muita gente que nunca fez descontos e tem uma reforma social mínima . Nesse caso o estado tem sido generoso e pratica o bem-comum.

Há tempos,  falei com alguém do governo e esse número anda à volta de um milhão de pessoas. É um esforço enorme mas compreende-se.

Porém muitos , faziam o máximo de descontos nos últimos anos e daí beneficiam de uma pensão muito maior do que deveria ser. Faziam descontos de um vencimento baixo e nos últimos anos faziam descontos de um vencimento muito alto. Está mal, as suas pensões estão inflacionadas..

Depois há  pensões altas , não pelos descontos feitos mas por cargos exercidos. Tem que se acabar com esse ultraje, assim como subvenções vitalícias .

De acordo com Pedro Passos Coelho, a crítica deve ir para aqueles que foram acumulando privilégios e nunca acreditaram que na hora de fazer as contas também tivessem de contribuir para o resultado que o país inteiro precisa alcançar. Estou para ver...

Até agora tem exigido da classe média e nada da classe alta e classe rica. Pessoas que sempre fizeram descontos para terem uma pensão digna e que estão próximas da reforma ( + 55 anos) deve haver uma clausula de salvaguarda para não serem muito prejudicados.

Pedro Passos Coelho diz confiar na inteligência dos portugueses e que não tem receio da falta de popularidade. Desculpe meu caro, mas se não tivesse medo não reforçava a sua segurança e fugia de contactar com os cidadãos.

 Acrescentou : «Posso bem com aqueles que pensam diferente de mim e posso bem com aqueles que acham que estamos a seguir um caminho de austeridade excessiva».

Se o povo for inteligente vai procurar por todos os meios exigir uma mudança de politicas ou então fazer com que este governo se demita. 

A politica não é e não pode ser como o carteiro que sempre chama duas vezes. Ocorra o que ocorrer com qualquer governo eu sei que não nos livramos da austeridade,porém há austeridade e austeridade. Eu sei que há acordos e compromissos assumidos . Porém estou cansado deste país perdido enredado em imposições e políticas impensáveis.

Se Pedro Passos Coelho mirasse muitos portugueses olhos nos olhos e soubesse o que se passa com muita gente. tenho a certeza que não procederia assim. A teimosia é burra.

É preciso reorientar a politica e a sua prática. Um novo caminho. O desafecto da politica está a atingir níveis históricos.

Actualmente parece que é pecado dizer que é preciso mais tempo e que deste modo não vamos chegar a bom porto. O tempo como bom conselheiro que é , nos dirá...

JJ