24/10/2012

Análise

Um governo que propõe cortes de 10% no subsídio de desemprego e cortes no subsídio de doença está a passar o limite do aceitável . É preciso ter em atenção que um desempregado ou doente não o são por livre vontade. Estamos a passar a esfera do admissível e do correcto.  Vale tudo para baixar o défice , porém o défice teima em não baixar. É um paradoxo! O défice o ano passado ficou muito aquém do esperado. E este ano com a contracção da economia as receitas e o aumento do desemprego vai acontecer o mesmo. Estou cansado de ver se o défice prometido é o atingido.

Depois temos o problema que é um problema - o OE 2103. Como tem normas inconstitucionais pode ficar pelo caminho com consequências que isso acarreta.

Enquanto isso o BE faz propostas alternativas.
1. imposto sobre grandes fortunas ( 1.000 milhões de euros)
2.novo regime de IMI ( 100 milhões)
3.novo regime de IRS ( 400 milhões)
4.introdução de escalões de IRC ( 915 milhões)
5.tributação de movimentos financeiros (1150 milhões)
6.imposto sobre herança (85 milhões)
7. fim do aumento do IVA na restauração e o contributo dos fundos das seguradoras ( 200 milhões)

Realço estas como já realcei do PS do PCP e  realçarei outras do PSD ou CDS ou de quem vier. É importante fazer ver que pode haver outra saída , outro caminho, outra alternativa sem castigar tanto os que menos podem.

Algo negociável seria reduzir os juros da dívida.
O Governo anda aos tropeções e em ziguezague , o que é preocupante. Continuo preocupado porque não sei com quanto vou ficar no fim do mês de Janeiro para pagar as minhas despesas.

JJ