30/09/2012

“A CAMINHO DUMA DITADURA… OU ALTERAÇÕES DE ORDEM PÚBLICA… A NÂO SER QUE HAJA UMA INVERSÃO DE MARCHA”

1.Esperava-se depois da reunião do Conselho de Estado, que o Governo após deixar cair a TSU, seguisse uma politica de maior transparência e partilha com os outros partidos, designadamente, com o maior partido da oposição, o PS.
2. Da análise que se vem verificando, é que os partidos do arco da governação, prosseguem o mesmo caminho. Embora já tivessem ouvido os parceiros sociais não se prevê que estejam dispostas a aceitar as propostas ou partes delas que lhe são presentes por aquelas forças.
3. Continua a política do “quero, posso e mando”. Embora o Governo diga que não é cego e surdo, porém na prática, continua mudo e em face desse silêncio, tudo leva a crer que virão aí mais impostos, depois duma generalizada asfixia do garrote dos impostos sobre as famílias e sobre o País. 
4. Que faz correr o Governo para o abismo? Será o cumprimento das metas do défice? Sabe-se que o Estado tem um buraco de 30,5 milhões por dia.
5. Já se viu que o caminho seguido, ao fim de seis meses deste ano, o défice atingiu 6,8 do PIB.
6. O Presidente do Tribunal de Contas veio dizer publicamente que a “redução do défice” deve ser feito através do equilíbrio das receitas e das despesas.
7.As alterações que se prevêem no Governo, será só uma mudança de ministros? Se for só isso e não mudanças de rumo, vai continuar tudo na mesma. 
8.Ora por  aquilo que sabemos, no próprio memorando da Troika, estava previsto haver una combinação  de medidas de austeridade  e reformas estruturais.
9.Pergunta-se, que levou o Governo somente a seguir uma linha de  austeridade e a neglicenciar as reformas estruturais e num curto espaço de tempo?
10.A situação de desastre está à vista. Se durante quinze anos houve um desmando nas contas públicas, como é que é possível em três anos recuperar dum estado caótico financeiro. Só não vê quem não quer ou então é cego ou ainda então há uma agenda escondida a cumprir. Mesmo que para isso, se for necessário, espalhar um milhão de cadáveres no Terreiro do Paço.
11.A ideia obcecada que o Governo vem traçando – mais aumentos de impostos, para cumprir, à pressa, em três anos, as metas orçamentais -  é, a meu ver, mais uma acha para a fogueira, esquecendo as reacções sociais, que poderão abrir a porta a uma grande alteração de ordem pública ou até a estender a passadeira a uma futura ditadura.
12. O tempo o dirá.

António Ramos