1.Recuemos ao ano de 2007. O mundo sabe e nós sabemos também
que nos EUA, devido a uma crise imobiliária o sistema financeiro global
colapsou, arrastando as economias mundiais, dando assim origem à maior crise do
século, com grandes consequências para a Europa e por arrastamento a Portugal.
2.Trata-se de outra crise do capitalismo que, com certeza, não será a última, até porque temos aí à porta a globalização.
3.Para quem não está muito familiarizado com esta “palavra”,
explicaremos que a globalização, é o incremento sem precedentes de
interdependência entre todas as regiões do planeta.
4.Esta provocou em grande parte uma implosão, sem precedentes
nos sistemas económicos socialistas – refiro-me aos sistemas socialistas
soviético e chinês – ficando o capitalismo isolado e sendo o único suporte das
economias actuais. Porém, tudo se torna instável devido à globalização.
5. A Europa, a meu ver, já se apercebeu desta situação e os
países mais ricos, como, por exemplo, os países nórdicos e a Alemanha, em que é
dominante a propriedade privada dos meios de produção, em que o excedente
económico realizado em cada ano, transformado em dinheiro, é apropriado pelos
proprietários desses bens de produção.
6.Os países sob a tutela de “ajustamentos” e “equilíbrios
orçamentais” da “TROICA”, devido a erros colossais de despesismo, de corrupção,
de ausência de regulação e de prémios chorudos a gestores públicos, permitiram
que governos incompetentes ou por interesse próprio descurassem o interesse
nacional e criassem monstruosas dívidas hipotecando
as gerações presentes e futuras.
7.Concretamente, tudo isto contribuiu, para que Portugal se pusesse à mercê do capitalismo, que desde o século XIX que aposta na criação e apropriação sustentada a longo prazo do excedente criado nas actividades produtivas, com tendência a absorver sectores dos serviços públicos e da outra parte, sem oposição, o sector assalariado, sem força e sem poder para se opor ao domínio obsessivo do GRANDE CAPITAL.
7.Concretamente, tudo isto contribuiu, para que Portugal se pusesse à mercê do capitalismo, que desde o século XIX que aposta na criação e apropriação sustentada a longo prazo do excedente criado nas actividades produtivas, com tendência a absorver sectores dos serviços públicos e da outra parte, sem oposição, o sector assalariado, sem força e sem poder para se opor ao domínio obsessivo do GRANDE CAPITAL.
8.É o que se passa precisamente em Portugal. A actual equipa Governativa
apoiada, numa matriz liberal e “sob a alçada de correcção das contas públicas”,
vai introduzindo medidas de destruição do Estado Social: Veja-se o que se está
passando na Saúde: às escondidas, rapidamente, em força, sem estudos prévios e
sob o rótulo da poupança, está entregando a Saúde ao sector privado,
contrariando publicamente o “Relatório do Observatório dos Sistemas de Saúde
(OPSS), do Sindicado dos Enfermeiros e do Próprio Bastonário da Ordem dos
Médicos.
9.Na mesma linha, segue-se a correcção das rendas excessivas
das PPP, das SCUTS e da Energia.
10.E quanto à Fundações, Empresas Municipais, gorduras do
Estado, controle efectivo da despesa dos Ministérios, nada. Tudo parece
continuar na mesma.
11. Prevê-se para breve mais uma” guerra”: A “ADSE”. Será que
também vai desaparecer ou vai ser absorvida pelo Sector Privado, através do
SNS?
12. Continuamos, em nossa opinião, a dissimular… a crise,
para continuar, na prática, tudo na mesma, degradando-se, cada vez mais a vida
dos portugueses, aumentando, dia a dia, as desigualdades sociais e o
empobrecimento da população.
13.Recordo, para quem não tem tempo,
para estar atento à História, que Hitler, ascendeu ao poder, ao colo da
depressão.
António Ramos
