1.Repensando estas duas semanas
já passadas, verifica-se através da imprensa escrita e dos meios de comunicação
social que chega até nós todos os dias, que o País segue a sua marcha e não se
nota melhorias.
2.Em vésperas de eleições, tudo
leva a crer, que o futuro Presidente de França, será o socialista Sr. Hollande.
Sem querer seguir as pisadas do Secretário-Geral do Partido Socialista, Seguro,
considero também que a vitória do Sr. Hollande, será um lufada de ar que vai
correr toda a Europa, sobretudo, a nosso ver, vai contrariar a agenda escondida
da Sr.ª Merkel que nada mais tem feito, senão, cumprir as
ordens dos bancos privados alemães, quanto aos países da Europa do Sul e periféricos, e
sob a capa “de rigor orçamental” vão exigindo uma austeridade excessiva , e, Portugal,
como bom aluno, não lhes interessa que as famílias morram à fome e se degrade a
aparente paz social que perpassa pelo nosso País. Longe das quezílias do “caso
Pingo Doce” uma realidade é certa, a afluência de centenas de pessoas às Lojas
de Pingo Doce, tem como origem a fome que vai grassando neste País… “y todo
lo demás
son cuentos”.
3.E a situação é tanto mais
cruel, quando chega até nós a informação de que as Instituições de
Solidariedade Social estão reclamando, milhões de euros, relativamente ao ano
de 2010, que os portugueses já doaram, através do IRS, os 0,5 do imposto. Cândidamente
e numa insensibilidade atroz, o Ministério das Finanças, responde que a lei não
marca prazos para a transferência do dinheiro. Entretanto, a responsável pelo
Departamento da Sida, Eugénia Saraiva vai dizendo, se o dinheiro não chegar brevemente,
o sistema entrará em colapso.
4.Todavia, gostaria de alertar
todos os leitores para a posição que o Sr. António Borges - consultor executivo
do Governo – vem tomando relativamente
às privatizações, mais concretamente sobre a OPA que a Camargo Corrêa
lançou sobre a Cimpor. O preço de euros 5,5 em cada acção é óptimo para a
Cimpor, para os trabalhadores e para o País. (trata-se da venda da participação
que a Caixa tem na Cimpor) Gostaria de saber, se o seu conselho junto do “Grupo
Jerónimo Martins”, num negócio idêntico, não procuraria maximizar um encaixe
financeiro na referida venda. É que há uma diferença: no “Grupo Jerónimo
Martins” se o não fizesse, seria despedido; como 12 º Ministro do Governo
passaria e passará impune e as perdas, mais uma vez, cairiam sobre todos os
portugueses.
5. É caso para a avisar de que em
todos os Governos surgem sempre “um ou outro conselheiro ou consultor” que se
apresenta e têm como dever aconselhar “sempre no interesse público”. Só que
“outros interesses internacionais” se sobrepõem ao “interesse nacional” e vão
prejudicar o “Património Nacional”. Pergunto, estaremos nós, perante um caso
deste? O tempo o dirá.
6. A situação do País é de tal
maneira catastrófica, que todo o mundo vem reclamando… crescimento económico e
emprego. Os responsáveis deste País descobriram que há que aceitar por mais
dois ou três anos o prolongamento do desemprego…
7. A Senhora Merkel e o BCE
começaram já a falar… no crescimento económico e emprego. “AH! SANTAS
ELEIÇÕES…em França”. “AH! SR. HOLLANDE”
8. Portugal, como bom aluno,
cantará brevemente outra canção. Aguardemos…não
percamos a esperança … y todo lo demás son cuentos”.
António Augusto Ramos Calhau