Dignidade

Perante o que se está a passar na política portuguesa com a perda de direitos dos cidadãos sem precedentes e alterações das regras de convivência com o Estado português . O Estado não honra a sua palavra e não é uma pessoa de bem , a possibilidade de despedimentos na função pública é deveras arrepiante para quem teve sempre um emprego normal mas seguro. 


Não nos esqueçamos que a aprovação do novo Código de Trabalho permite despedimentos em catadupa no privado sem rei nem roque.Sou a favor de uma revolução pacífica de ideias , comportamentos e mentalidades , porém as únicas armas que tenho ao meu alcance contra o que aí vem : objecção de consciência e desobediência civil.

Quando não há exemplos de quem manda e exerce o poder , não nos resta mais nada . A falta de justiça e castigo proporcional a quem em tantos aspectos nos defraudam , amplia-se o fosso que sempre nos separou , e agora muito mais , os que estão em baixo e os que estão em cima.


É preciso indignação permanente e exibição ostensiva da mesma.Objecção de consciência. Desobediência civil. Querem converter este Portugal num país indigno ,com  medidas atrás de medidas e nada se resolve e continuamos um país dos mais atrasados da Europa. Porém temos que ter uma cidadania mais avançada  para ver se isto muda.

É preciso : lucidez , ironia, obstinação e rejeição.

Lucidez – não se pode cair em lamentações inúteis perante um estado de coisas que não pode ser evitado, mas pode-se exigir que as políticas sejam feitas de outro modo e de outra maneira.

Contra o culto da fatalidade, o ódio e a ira, não desesperar e lutar por aquilo em que cremos que é  justo e verdadeiro em que a nossa acção possa influenciar o curso dos acontecimentos

Rejeição – perante tanta estupidez é necessário opor alguma desobediência ou rejeição

A ironia é uma arma sem precedentes contra os demasiados poderosos.

A rebeldia permite rejeitar o que é falso como dizer o que está certo.

Ter obstinação para superar os obstáculos que aparecem pela frente o constante absurdo , apatia e estupidez.

É preciso exigir dignidade e perante tanta indignidade,  usar as únicas armas poderosas que temos ao nosso alcance: objecção de consciência e desobediência civil

JJ