28/05/2012

Cultura do dinheiro

Sou contra a cultura do dinheiro, só se fala de défice, de dívida, de mercados. Evita-se falar de sofrimento, dos que tem pouco ou nada, da pobreza crescente , dos jovens , dos velhos. Não são só os políticos e tecnocratas que pensam assim. A sociedade em geral vive entregue ao grande Deus , «O Dinheiro». parece que só o dinheiro tem poder para dar valor às coisas.

Alguém que pensa nunca é pobre e tem o poder que lhe concede e a imaginação. É preciso voltar à cultura dos valores: verdade, nobreza,saber, justiça, etc.

Vivemos numa cultura kitsch crida em torno do dinheiro, que hoje domina tudo.
A noção de solidariedade desapareceu.
Toda a gente acredita na ideia de que se é alguém pelo que se usa e pelo que se tem e já não sobre aquilo que se realmente é.
Quem são os nossos heróis?  Não são os escritores,ao artistas , ou os pensadores. São as pessoas que são ricas.
Dar de novo um sentido às palavras. Manter uma ideia de dignidade humana.
Devemos cultivar a nobreza de espírito e explicar às pessoas e aos jovens principalmente que não é em torno do dinheiro e do poder que a vida se joga
As escolhas que temos que fazer todos os dias , quanto tomamos as nossas decisões sobre o que é realmente importante e o que não é, o que tem valor e o que não tem
A resposta nunca será dada pela economia e pela Internet.A cultura não é tecnologia.
A resposta é ser-se culto.
Uma verdadeira democracia significa como diz Bento de Espinoza, que somos mais do que indivíduos , aspiramos a ser pessoas com carácter , que não somos apenas motivados pelo medo , pela ganância , pela estupidez, mas capazes de um pensamento e de escolhas. A democracia exige isso de nós , mas...
 Há uma perigo maior que a pobreza , que é a estupidez e a ignorância .
JJ