Convém, por isso,
lembrar aos que hoje se arvoram de que o 25 de Abril não é pertença dos
militares, mas sim daqueles que os elegem agora, que essa falácia cai pela base
pois tal não seria possível se os tais militares não tivessem acabado com a
ditadura que ditava leis. Mas convém, reforçar que o motim que se seguiu ao
golpe militar, foi civil e esse sim tornou essa conquista irreversível.
Efectivamente foi a onda avassaladora do povo anónimo português na qual me
incluo com muito orgulho, empenhado em acabar definitivamente com um estado de
servilidade e submissão que despoletou o assalto a todas as mudanças que se
seguiram ao levantamento armado, arrasando com uma dinâmica que certamente nem
estaria no espírito dos Capitães de Abril , os pilares que sustentavam as bases
do Estado Novo. E esse povo, foram os homens e mulheres da minha geração. Aquela
que sofreu na pele o estigma dum País tiranizado e nas mãos de meia dúzia de
oligarcas, onde só se podia pensar em silêncio ou em surdina, , pois ter opinião
isso era privilégio de algozes, delatores, políticos da situação e
comendadores.
Daí que hoje, essa legião de cidadãos generosos em idade avançada, e que pugnaram pela liberdade que todos auferem e festejam, estejam desprotegidos nas regalias alcançadas, perseguidos e castigados pelo atrevimento e a ousadia de lutar pela liberdade, e afrontaram os que achavam acima da lei.
Os tempos modernos não estão fáceis. Infelizmente, alei da selva está de volta.
Daí que hoje, essa legião de cidadãos generosos em idade avançada, e que pugnaram pela liberdade que todos auferem e festejam, estejam desprotegidos nas regalias alcançadas, perseguidos e castigados pelo atrevimento e a ousadia de lutar pela liberdade, e afrontaram os que achavam acima da lei.
Os tempos modernos não estão fáceis. Infelizmente, alei da selva está de volta.
Joaquim Fonseca