27/03/2012

Entrevista

Caro Joaquim Jorge,

Vi a entrevista e mais uma vez quero louvar o seu esforço na excelente tarefa à frente do CdP. Na acção diária, com os escritos vários - grande parte deles de sua autoria - e dos comentários dos intervenientes, mesmo os que considero disparatados - mas que faz muito bem em incluir - lêem-se muitos textos que ajudam a esclarecer alguns casos. Também louvo a variada gama de convidados para os seus debates, com gente de todas as cores políticas. A entrevista deve ter ajudado a dar a conhecer a sua obra.
Como pede comentários, aqui envio alguns.
Também sou a favor das greves mas, como disse na entrevista, quando servem para alguma coisa. A greve geral de 22/3 - o maior flop de todas - só foi feita para o PC e a sua subordinada CGTP dizerem que ainda existem. E os coitados dos trabalhadores caíram na ratoeira e lá perderam muitos milhares - ou milhões? - de euros de salários, sem daí tirarem qualquer benefício. Vi na televisão uma mulher, com ar de contente, a dizer "marcámos a nossa posição". Grande ganho, para tão elevado custo!
Queixou-se do "partidarismo" mas eu gostava de o ver denunciar o intolerável poder ditatorial dos partidos, que não nos permite eleger livremente os nossos deputados, e está inscrito na nada democrática e não plebiscitada Constituição. Eu cunhei para esta ditadura partidocrática o nome de partidismo, na sequência de fascismo, nazismo, comunismo, capitalismo, etc.
Declarou que se preocupa com o futuro. Tem toda a razão, pois se me afigura que será bem negro, com o nível de vida constantemente a descer e as gerações vindouras a pagarem uma dívida colossal, com juros de agiota, num país com o património cada vez mais delapidado e sem crescimento económico.
Como me diz que só gosta de textos curtos e este já vai longo, fico-me por aqui.
Um grande abraço.
Miguel Mota
prof. Catedrático