26/03/2012

Congresso do PSD ( Fim)

Do último dia do congresso do PSD , sobressaiu a presença de Pedro Santana Lopes , a posicionar-se para a corrida a Belém. Notada a ausência de Manuela Ferreira leite e Rui Rio. Um discurso muito longo à moda de Hugo Chávez ou Fidel Castro , tendo um vertente social marcante , referiu-se aos desempregados , aos pobres, aos que tem menos possibilidades incluindo os doentes e deficientes. Muito bem! Afinal começa a ligar aos sinais dados pela sociedade...
  Foi o culminar de um congresso pacífico em que o poder faz tudo ou quase tudo. Vamos manter a política da inevitabilidade , sem alternativa com um povo nem-nem ( nem querem saber , nem lutam) , o medo faz o resto.
 No final como neste congresso e outros de outros partidos , toca o hino nacional!
Infelizmente a política portuguesa e o partidarismo confundem-se. O hino nacional poderia eventualmente tocar para o "Partido Portugal" , que não é o caso deste ou de outro partido. O hino nacional é algo de todos os portugueses independente da cor política... Até no futebol só toca o hino nacional para jogos da selecção nacional , nunca para clubes em competição.
Os partidos políticos cada vez mais são plataformas e aparelhos que determinam o que fazer para fazer política e menos fóruns de ideias e debate.
  A crise em Portugal faz-me lembrar o que dizia Ortega Y Gasset sobre a plurivocidade da verdade : « todos vêem aspectos diferentes da mesma realidade e nenhum deles está errado».
Porém o povo é o símbolo do Sísifo , depois de uma vida dedicada à construção de um sentido somos esmagados por esta crise brutal.

JJ