O défice em 2012

Esta semana é a semana do balanço dos acontecimentos mais importantes de 2011. Achei por bem não falar disso, mas do acontecimento mais importante para 2012, em antevisão-o défice. O défice terá implicações gravosas na vida de todos os portugueses.
Como sabem temos que conseguir um défice de 4,5% em 2012 e de 3%, em 2013. O problema é como vamos consegui-lo, sabendo que já não há hipótese de receitas extraordinárias. Será que o diagnóstico está bem feito e a saída da crise é com esta austeridade? E, se há um erro de cálculo? Se este governo não der conta do recado haverá nova frustração colectiva como aconteceu com o anterior governo de José Sócrates.
A cegueira dos nossos governantes e a mudez voluntária dos portugueses podem levar-nos a um precipício. A demanda de sacrifícios pedida aos cidadãos: austeridade, não equivale a défice cumprido ou a caminho do zero. Reformar e reestruturar, reduzir os direitos sociais não é uma acção intercambiável automaticamente. É preciso que se tenha bem assente a noção deste facto, o problema são os benefícios dos oligarcas mas também a forma como somos governados tendo em conta a especificidade da economia portuguesa.

JJ