Em Portugal li há poucos dias no jornal Público, há mais de mil lares de idosos ilegais e muitos foram obrigados a fechar.Em Portugal há quase um milhão de portugueses com 75 anos ou mais.E, só há 1863 lares licenciados. Isto é um paradoxo! O Governo deve simplificar a legislação pois é demasiado exigente e desactualizada levando há existência de lares ilegais e a negócios clandestinos.Os alvarás levam anos a ser emitidos, daí, ou abre-se antes e depois legaliza-se ou não se pode ter um lar para quem cumpre a lei.
O governo deve saber distinguir lares já abertos ou que possam vir abrir , com condições de higiene , equipados e com boa alimentação , de outros, sem condições que só vêem o lucro.
Esta situação dos lares para idosos faz-me lembrar há uns anos atrás a dificuldade de abrir uma farmácia. Eram só complicações e dificuldades para se ter um alvará , o monopólio da Associação Nacional de Farmácias ( ANF) e do seu ex-presidente João Cordeiro , um dos homens mais poderosos de Portugal. Lembro-me que um cidadão para querer um medicamento fora de horas ou ao fim-de-semana era o cabo dos trabalhos mais parecendo uma odisseia. Actualmente há muito oferta o que é bom para quem precisa de medicamentos , mas chegou-se a um ponto que já há farmácias a fechar. Nem oito nem oitenta.
As alterações à lei para agilizar os processos de licenciamento de lares de idosos para quem deseja e queira olhar por pessoas de idade deve ser exigente ,mas livre.
Aumentar as vagas para evitar lares sem condições ,exigindo qualidade com outro tipo de regras e não se esquecendo de fiscalizar os lares já existentes que por vezes fazem exigências , têm práticas impróprias e não têm um mínimo de requisitos por sobrelotação. O futuro em Portugal é a geriatria, não o controle da geriatria por meia dúzia de senhores. Cada vez se fala de menos Estado , mas nesta área há Estado a mais e interferência do Estado a mais.
JJ