04/12/2011

Entrevista de Pedro Passos Coelho

Pedro Passos Coelho deu uma entrevista ao jornal Público e entre outras coisas disse que :« há um excedente de dois mil milhões para injectar na economia». Bem afinal há uma folga como disse António José Seguro. Existe uma verba excedente que , ao que parece,vai ser destinada a pagamentos à economia , para o seu crescimento.
Porque não o disseram antes de aprovado o orçamento? Será que essa folga foi feita a contar com as habituais derrapagens do défice? Se foi não aceito mais medidas de austeridade sobre os meus rendimentos e afins. Se não foi , isto é , uma forma de alavancar a economia , o esforço de ficar sem o 13º e 14ª mês logo que a economia cresça dever-me-á ser restituído esses subsídios.
Tudo isto é claro e transparente. Na Constituição Portuguesa está consagrado, o direito de resistência- todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias .E, o direito de participação na vida pública-todos os cidadãos têm o direito de ser esclarecidos objectivamente sobre actos do Estado e demais entidades públicas e de ser informados pelo Governo e outras autoridades acerca da gestão dos assuntos públicos. Pedro Passos Coelho não esteve bem , mas António José Seguro não foi claro e preciso, mas tinha razão, há folga mas não é para os portugueses é para a economia.
Miguel Relvas foi interrompido num discurso e vaiado, nada que me espante. A rua é o último refugio dos portugueses , muitos deles serão mandados para a rua brevemente. A situação social vai-se degradar , há enormes razões para a insatisfação e desespero. A conflitualidade vai aumentar , ainda não aumentou pelo factor medo. Quando as pessoas perderem o medo e não tiverem nada a perder será o principio do fim. A conclusão que se tira é que há mais caminhos e não esta política do inevitável.

JJ