É corrente ver apontar como defeito o facto de alguns produtos portuguesas, especialmente na agricultura, existirem em quantidades pequenas, o que dificulta a sua exportação ou mesmo para o mercado interno, como foi referido no Prós & Contras sobre a Agricultura no dia 19-9-2011, que comentei em artigo anterior. Como foi dito nesse programa pelo representante das grandes superfícies, não lhes podem interessar produtos de que não haja grande quantidade.
Alguns desses produtos são de elevada qualidade. Referindo apenas o caso da agricultura, temos alguns bons exemplos, como os peros Bravo de Esmolfe, as ameixas de Elvas e a carne dos bovinos da raça barrosã.
É uma expressão muito usada em economia a referência a "nichos de mercado". São, como o nome indica, mercados de pequenas dimensões, geralmente para produtos de elite. Estão, portanto, indicados para produtos de alta qualidade, como aqueles que citei e variados outros, de que não dispomos de grandes quantidades. Parece-me que a nossa agricultura, salvo alguns raros casos, não tem explorado suficientemente essas situações e que valerá a pena considerar um movimento no sentido de encontrar esses nichos de mercado, mas tratando de ser a própria lavoura, directamente pelo empresário individual, quando já tem dimensão suficiente - como já há alguns, embora raros - ou, no caso de pequenos produtores, através de cooperativas. O que é essencial é que não suceda a entrega desses produtos valiosos a intermediários que, como é frequente suceder, compram muito barato ao produtor e vendem muito caro ao consumidor.
Mesmo em países globalmente pobres mas onde há uma minoria de ricos, alguns até muito ricos, para quem é absolutamente indiferente pagar 10 ou pagar 100 por um produto que lhe agrade, há pequenos estabelecimentos que constituem os tais nichos de mercado, que há que descobrir e contactar. Para além de prospecções várias, para descobrir esses nichos de mercado, penso que as nossas embaixadas certamente poderão dar boa ajuda no fornecimento de listas de estabelecimentos a contactar, em face dos produtos a vender. Será necessário fazer adequada publicidade, com muita informação sobre os produtos, que não será muito cara porque não se pretende atingir as grandes massas populacionais, mas apenas pequenos grupos de elite. Depois, vêm todas aquelas boas regras de comercialização, como a embalagem e apresentação, as condições em que o produto chega ao consumidor, etc. É escusado dizer que é essencial manter sempre o alto nível de qualidade do produto.
Alguns desses produtos são de elevada qualidade. Referindo apenas o caso da agricultura, temos alguns bons exemplos, como os peros Bravo de Esmolfe, as ameixas de Elvas e a carne dos bovinos da raça barrosã.
É uma expressão muito usada em economia a referência a "nichos de mercado". São, como o nome indica, mercados de pequenas dimensões, geralmente para produtos de elite. Estão, portanto, indicados para produtos de alta qualidade, como aqueles que citei e variados outros, de que não dispomos de grandes quantidades. Parece-me que a nossa agricultura, salvo alguns raros casos, não tem explorado suficientemente essas situações e que valerá a pena considerar um movimento no sentido de encontrar esses nichos de mercado, mas tratando de ser a própria lavoura, directamente pelo empresário individual, quando já tem dimensão suficiente - como já há alguns, embora raros - ou, no caso de pequenos produtores, através de cooperativas. O que é essencial é que não suceda a entrega desses produtos valiosos a intermediários que, como é frequente suceder, compram muito barato ao produtor e vendem muito caro ao consumidor.
Mesmo em países globalmente pobres mas onde há uma minoria de ricos, alguns até muito ricos, para quem é absolutamente indiferente pagar 10 ou pagar 100 por um produto que lhe agrade, há pequenos estabelecimentos que constituem os tais nichos de mercado, que há que descobrir e contactar. Para além de prospecções várias, para descobrir esses nichos de mercado, penso que as nossas embaixadas certamente poderão dar boa ajuda no fornecimento de listas de estabelecimentos a contactar, em face dos produtos a vender. Será necessário fazer adequada publicidade, com muita informação sobre os produtos, que não será muito cara porque não se pretende atingir as grandes massas populacionais, mas apenas pequenos grupos de elite. Depois, vêm todas aquelas boas regras de comercialização, como a embalagem e apresentação, as condições em que o produto chega ao consumidor, etc. É escusado dizer que é essencial manter sempre o alto nível de qualidade do produto.
Miguel Mota