14/10/2011

Análise

Agora percebo porque José Sócrates de forma diplomática e sem azedume fez aquele discurso de renúncia e de despedida no dia da sua derrota nas eleições legislativas de 2010.Retirou-se para Paris, enquanto a tempestade estava para a chegar . E de que maneira! Na altura fiquei com a sensação que José Sócrates ficou aliviado, agora tenho a certeza. José Sócrates era dos poucos governantes que tinha a noção da dimensão do problema.
Já tinha o pressentimento de como o país se encontrava , vários sinais eram dados por figuras insuspeitas da sociedade civil ( Medina Carreira, Henrique Neto,António Barreto,etc.). Mas nunca pensei que chegássemos a este ponto , a partir de agora é de esperar tudo e mais alguma coisa. Portugal é um país pequenino , falido e decrépito e como costume dizer muito mal frequentado. Mas atenção , não se iludam ! Não vamos ficar por aqui.
A situação do país faz-me lembrar por analogia , que vamos num elevador num prédio no último andar , e que de repente os cabos do elevador se rebentaram e estamos a cair no fundo a uma velocidade que não é vertiginosa porque há o atrito do elevador. O que quero dizer é que de uma forma constante e repetitiva estamos a definhar lentamente. Uma morte lenta e com dor. A eutanásia por estes lados não se pratica, dói mesmo.

JJ