O secretário de Estado da Administração pública, Hélder Rosalino, revelou que o executivo pretende acabar com um em cada 10 funcionários nos próximos quatro anos. No fundo são perto de 50.000 funcionários públicos que vão para a rua numa estratégia de ventilador, isto é, ventila-se os funcionários , mas os chefes , directores e administradores ficam nos serviços! Já saíram tantos. Não percebo! Talvez uma melhor gestão de recursos humanos na Administração Pública. Não é assim que vão poupar dinheiro , continuam a fazê-lo pelo lado errado. Devem mandar embora é administradores e directores , e não, trabalhadores que são necessários. Reorganizar e reestruturar sim , mandar para a rua não. Tropeça-se sempre com os interesses dos mais poderosos e de quem manda. A administração está com uma anorexia de pessoal e uma anorexia mental de quem manda. A falta de solidariedade está a apagar a possibilidade de uma interacção de gerações de um futuro calmo e sereno.O aumento de desemprego e de pobreza vão proporcionar os ingredientes para o auge do reforço de sentimentos de revolta e de proporções incalculáveis. Pelo que me parece todos os cortes e despedimentos só servem para prolongar a agonia. O que deveria ser feito seria, uma combinação de redução do défice e uma consolidação dos empregos e a possibilidade de criação de novos empregos. Para isso deveriam ser alargados os prazos e concomitantemente estímulos à nossa depauperada economia. É um erro continuar por este caminho, de crise em crise, a realidade é que cada vez estamos pior. Falta coragem para defender as pessoas, só se defendem números.
JJ
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