1- Como não podia deixar de ser o debate foi marcado pela auditoria às contas na Madeira apresentado esta sexta-feira e pelo plano de resgate que implica austeridade, mas só será apresentado depois das eleições e será coordenado com o futuro governo regional. Fiquei mais descansado e vou estar atento , Pedro Passos Coelho afirmou que este esforço de correcção será a Região Autónoma a fazê-lo. Não me acredito muito!
2- O debate ficou marcado pelo líder parlamentar do PS , Carlos Zorrinho desconhecer o regimento da AR , ao exigir uma conferência de líderes extraordinária e um debate de urgência .Porém tal não podia ser requerida , daí , para não ficar com o orgulho ferido , o PS requereu , por imposição, um debate de actualidade , para 6 de Outubro sobre "a situação da Região Autónoma e os compromissos do primeiro-ministro perante a AR". Um episódio desconfortável para muitos deputados do PS , mas também para o próprio PS. Um primeiro-ministro afirmar que errou ou se enganou não deve dar azo a esta atrapalhação toda . Deve sim , ser elogiada a atitude.
3- Por fim ,a apresentação de novas medidas do governo : renovação excepcional dos contratos a termo ; plano extrajudicial de conciliação; regime de compensação do IVA. E,propostas de António José Seguro : redução significativa do IRC, ou mesmo isenção, para empresas que não procedam à distribuição de lucros; e a negociação de uma nova linha de crédito de 5mil milhões de euros para as pequenas e médias empresas.
Começa-se a desenhar oposição interna no PS de uma forma aberta. Assis já tinha discordado da intervenção de Zorrinho, quando este se demarcou do passado do PS . Agora este episódio processual e regimental. Muitos deputados do PS classificaram de patética e desastrosa a intervenção de Carlos Zorrinho. O debate correu mal ao PS,mesmo tendo Passos Coelho faltado à verdade e corrigido a trajectória.JJ