27/06/2011

MAIS DEMOCRACIA

A democracia representativa não se sustenta se não houver uma mudança radical. As eleições internas do PS , parecem abrir uma porta a mudanças significativas com as novas propostas ( criação de círculos uninominais, reforma das leis eleitorais , etc.) de António José Seguro e Francisco Assis. O nosso sistema político é muito hermético, muito pouco permeável, pouco flexível para incorporar as vozes dos cidadãos e da cidadania que não militam em partidos. O sistema político e o modelo dos partidos está blindado e é impermeável à participação de pessoas.
A democracia actual carece de alguns contrapesos , de forma,de controle,de transparência , de participação cívica e de cidadania. Pede-se tão pouco mas parece muito. O modelo actual dos partidos têm que ser profundamente revisto e penso com todos os movimentos que estão a surgir é o momento para a sociedade civil intervir.
De forma pacífica é preciso fazer ver que não estão a ser dadas respostas públicas nem políticas aos grandes problemas da sociedade actual. São necessárias mudanças radicais na democracia e no sistema político. O futuro está na compreensão,na diversidade de opiniões e não em falar em confrontação. Estamos na era digital e com uma sociedade civil cada vez mais exigente que quer participar e quer controle democrático. Daí, ser necessário uma mudança com menos burocracia,lentidão e é preciso fazer ver que esta democracia representativa está desadequada à realidade. O novo conceito de liderança tem que ser muito mais colectivo, mais comparticipado,mais horizontal e mais activo.
Parece que vivemos por viver sem futuro mas que não somos culpados deste destino. A passividade está fora de moda , o que está a dar é intervir seja de que maneira for, por um país com menos hierarquias e mais igualdade de oportunidades.


JJ