Cinco deputados já pediram subsídio de reintegração e dois de subvenção vitalícia. Nesta altura arrepia-me ler e saber destas coisas. Uns com tudo , outros com nada. Não enverede pela critica fácil e demagógica mas é de mais. Talvez devessem ler o discurso de António Barreto em que a dado passo diz: « o facto de alguns políticos não terem dado o exemplo do sacrifício que impõem aos cidadãos».
Estes deputados gozam um regime transitório de benefício que acabou em 2005 , mas que pode ser requerido a posteriori. Esta subvenção vitalícia para os deputados e o subsidio de reintegração para quem exerceu cargos políticos não cai bem e é obsceno para todos nós. O cálculo destas benesses já não é na totalidade é mais baixa do que quem tinha todos os requisitos em 2005, mas mesmo assim não se admite numa altura de crise e de penúria como a que passamos e vivemos na pele.
Muitos políticos abandonaram a sua vida profissional e muitos teriam dificuldade de regressar à vida vida privada. O subsídio de reintegração ainda o aceito apesar de alguma relutância mas a subvenção vitalícia para toda a vida até à idade de reforma ( 65 anos) ,não concordo. Quando fizer 65 anos aceito um benefício por ter exercido um cargo público mas com outros parâmetros e premissas.
Assim o descrédito continua , a esta falta de higiene e sensibilidade para perceber o que sentem os cidadãos. A única doutrina capaz de nos envolver , cativar e pôr-nos a remar para o mesmo lado,é dar o exemplo. Acabe-se com subvenções vitalícias até à idade de reforma legal destes deputados e anteriores desde que há democracia , após 25 de Abril de 1974. Ramalho Eanes é um exemplo ao recusar uma benesse que tinha por direito legal , por ter exercido uma cargo público. Um exemplo neste oceano de beneficiados.
Pense-se nos muitos cidadãos que estavam em 2005 no limiar de se aposentarem e perderam esse direito. Pensem em muitos cidadãos que em 2005 vieram com todo os direitos de reforma e partir de 2005 perderam todos os direitos , e também , não houve período de transição. Os direitos e projectos de vida expectáveis foram mandados às malvas.
Assim não vamos lá! Exemplos precisam-se e não retórica. Esta degradação da política com imoralidade indigna-nos! Parecemos uma biblioteca em que há livros à frente ( políticos ) e não deixam chegar aos de trás e nem vê-los.
JJ
Pense-se nos muitos cidadãos que estavam em 2005 no limiar de se aposentarem e perderam esse direito. Pensem em muitos cidadãos que em 2005 vieram com todo os direitos de reforma e partir de 2005 perderam todos os direitos , e também , não houve período de transição. Os direitos e projectos de vida expectáveis foram mandados às malvas.
Assim não vamos lá! Exemplos precisam-se e não retórica. Esta degradação da política com imoralidade indigna-nos! Parecemos uma biblioteca em que há livros à frente ( políticos ) e não deixam chegar aos de trás e nem vê-los.
JJ