Hoje decidi partilhar convosco o que me vem atormentando nestas ultimas semanas.
Terá a nossa sociedade realmente mudado?
Lembro-me de ser ainda mais criança e de ficar fascinada pelos sinais de luzes que as pessoas faziam aos carros que por elas passavam a assinalar que se iriam deparar com uma Brigada de Transito mais à frente para quem tivesse algo a temer poder desviar caminho, encostar ou tratar de resolver o que estava errado( e quando me refiro a esta situação é no sentido da entreajuda sem questionar se era correcto em relação aos senhores da ex-BT), havia aos meus olhos na altura um sentimento de bem e de "dever Cívico" cumprido( lembro-me de uma vez com 8 anos ao deparem-se com um acidente os meus pais foram auxiliar e eu visto o acidente ser numa curva sem visibilidade por iniciativa própria desenhei um sinal de proibido numa folha e saltei para a beira da estrada para advertir os outros automobilistas e o que isto me fez sentir grande, boa e de sorriso de boca a boca). Hoje ao fazer as entregas da minha empresa constatei uma vez mais o oposto. Em 30 carros 1 fez sinais de luzes para advertir e ao ceder passagem a três senhores( por acaso todos bem montados) nem um deles teve a humildade de dizer obrigado ou pelo menos de fazer um sorriso de agradecimento( inclusive um ficou a olhar como se a minha paragem fosse devida e pecasse por tardia). Mas onde anda este meu povo que arregaça as mangas e serve os outros? Onde anda o sorriso e a humildade de nos dar em pequenos momentos da vida uns segundos de alegria? Acabou, cada um dentro do seu carro, sempre a resmungar com os vizinhos dos lados, da frente ou de trás. A tentar a todo o custo que as pessoas se mexam porque está tudo com a pressa, a rezar para que as passadeiras deixem de existir para não terem de parar, a não sinalizar nem entradas nem saídas de rotundas perdendo por esta razão toda a utilidade de fluir transito que as mesmas fornecem ? Para onde caminhamos? Para toda a gente morrer com enfartes, com AVC, ou embolias cerebrais? Que bicho nos mordeu para nos tornarmos nestes "bichos" competitivos carregados de testosterona e hormonas que controlam o nosso cérebro? Que falam mais alto que o nosso ser? Passamos a vida a criticar porque é branco devia ser preto, porque é Gay é aberração, porque é mulher tem de respeitar a Lei criada pelos homens, porque é pobre, porque está sujo, porque não tem roupa de marca, porque é má companhia, porque é gordo, porque não sabe mais que eu, etc...
Todos diferentes e todos iguais o que difere mesmo é que todos nascemos em sítios diferentes, em famílias diferentes, com condições diferentes, temos percursos de vida diferentes, experiências diferentes logo nunca na vida podemos ser iguais nem aquilo que eu penso se pode ser superior ao que outro pensa... Façam STOP por favor, baixem as rotações ou um dia destes explodem...
Sinto-me cansada disto tudo mas por sorte normalmente lá aparece alguém com uma acção que me faz voltar a acreditar que há esperança...
Perdoem-me o desabafo mas escrever lava a alma, rir, cantar, dançar, amar, ajudar também ...
Para partilhar ou não, ao seu critério
Tânia Vaz Mota
Terá a nossa sociedade realmente mudado?
Lembro-me de ser ainda mais criança e de ficar fascinada pelos sinais de luzes que as pessoas faziam aos carros que por elas passavam a assinalar que se iriam deparar com uma Brigada de Transito mais à frente para quem tivesse algo a temer poder desviar caminho, encostar ou tratar de resolver o que estava errado( e quando me refiro a esta situação é no sentido da entreajuda sem questionar se era correcto em relação aos senhores da ex-BT), havia aos meus olhos na altura um sentimento de bem e de "dever Cívico" cumprido( lembro-me de uma vez com 8 anos ao deparem-se com um acidente os meus pais foram auxiliar e eu visto o acidente ser numa curva sem visibilidade por iniciativa própria desenhei um sinal de proibido numa folha e saltei para a beira da estrada para advertir os outros automobilistas e o que isto me fez sentir grande, boa e de sorriso de boca a boca). Hoje ao fazer as entregas da minha empresa constatei uma vez mais o oposto. Em 30 carros 1 fez sinais de luzes para advertir e ao ceder passagem a três senhores( por acaso todos bem montados) nem um deles teve a humildade de dizer obrigado ou pelo menos de fazer um sorriso de agradecimento( inclusive um ficou a olhar como se a minha paragem fosse devida e pecasse por tardia). Mas onde anda este meu povo que arregaça as mangas e serve os outros? Onde anda o sorriso e a humildade de nos dar em pequenos momentos da vida uns segundos de alegria? Acabou, cada um dentro do seu carro, sempre a resmungar com os vizinhos dos lados, da frente ou de trás. A tentar a todo o custo que as pessoas se mexam porque está tudo com a pressa, a rezar para que as passadeiras deixem de existir para não terem de parar, a não sinalizar nem entradas nem saídas de rotundas perdendo por esta razão toda a utilidade de fluir transito que as mesmas fornecem ? Para onde caminhamos? Para toda a gente morrer com enfartes, com AVC, ou embolias cerebrais? Que bicho nos mordeu para nos tornarmos nestes "bichos" competitivos carregados de testosterona e hormonas que controlam o nosso cérebro? Que falam mais alto que o nosso ser? Passamos a vida a criticar porque é branco devia ser preto, porque é Gay é aberração, porque é mulher tem de respeitar a Lei criada pelos homens, porque é pobre, porque está sujo, porque não tem roupa de marca, porque é má companhia, porque é gordo, porque não sabe mais que eu, etc...
Todos diferentes e todos iguais o que difere mesmo é que todos nascemos em sítios diferentes, em famílias diferentes, com condições diferentes, temos percursos de vida diferentes, experiências diferentes logo nunca na vida podemos ser iguais nem aquilo que eu penso se pode ser superior ao que outro pensa... Façam STOP por favor, baixem as rotações ou um dia destes explodem...
Sinto-me cansada disto tudo mas por sorte normalmente lá aparece alguém com uma acção que me faz voltar a acreditar que há esperança...
Perdoem-me o desabafo mas escrever lava a alma, rir, cantar, dançar, amar, ajudar também ...
Para partilhar ou não, ao seu critério
Tânia Vaz Mota