O prestigiado jornal diário da capital “Correio da Manhã”, nas suas páginas 6 e 7 da passada segunda-feira 16 de Maio, sob o título “Pensões douradas”, refere que o seu número total cresceu 65% desde 2005, na Caixa Geral de Aposentações (CGA), sendo que o seu valor médio subiu, em 2010, de € 1225 para € 1338.
Mais o artigo adianta que no ano de 2010 o custo total das pensões, pagas pela CGA foi de 8,4 mil milhões de euros tendo sofrido um aumento de 4,1% relativamente a 2009.
Não sou economista e, muito menos, entendido em finanças públicas ou políticas de sustentabilidade económica mas, uma coisa tenho por certo: O Sistema Nacional de Pensões vai estoirar ou levará o Estado à falência…
Em Portugal o salário mínimo nacional (SMN) são € 485 e a média da retribuição dos trabalhadores portugueses rondará os € 700/800 por mês, portanto cada trabalhador contribui para o fundo de pensões com cerca de € 260 mensais (descontos do trabalhador e da entidade patronal).
Ora, um simples cálculo aritmético diz-nos que a CGA paga, mensalmente, € 600 milhões em reformas (8,4 mil milhões a dividir por 14 prestações) o que nos leva a concluir que são necessários os descontos de pelo menos 2 milhões e 300 mil trabalhadores (600 milhões a dividir por 260) só para pagar tais reformas.
Sabendo-se que os funcionários públicos são cerca de 700 000, precisamos de mais 1,6 milhões trabalhadores para descontar ou o Estado tem de financiar o sistema o que, inexoravelmente, levará à bancarrota, se o sistema não for alterado e as pensões milionárias não forem drasticamente reduzidas ou impondo-se um limite máximo de € 2000/3000 nas pensões e reformas mais altas, como já acontece em Espanha e na Suíça.
Ainda temos as reformas, subsídios, abonos e subvenções pagas pela Segurança Social cujo total andará na casa das dezenas de milhares de milhões de euros, para a qual as contribuições feitas pelos trabalhadores e entidades patronais não serão, com toda a certeza, suficientes. Isto sem contar com os pesados custos do seu funcionamento, altamente burocratizado e ineficiente.
Hoje mesmo o Jornal de Negócio on-line adianta que, em 2008 as comparticipações do OE para a CGA foi de 3,3 mil milhões de euros, mais 3,2% que no ano anterior.
Parece evidente que para equilibrar as contas, o Estado tem de transferir avultadas verbas dos nossos impostos para essas instituições, o que é, de todo, incomportável e profundamente injusto para o contribuinte.
Perante esta dramática e insustentável situação é imoral, injusto e até criminoso haver pensionistas a receberem milionárias pensões, muitos acima de 4, 5 e 7 mil euros, 14 vezes ao ano.
Sou leigo nesta matéria mas, sei muito bem que os números não enganam e são cruéis, por isso estou, genuinamente, preocupado com o evoluir da situação porque pressinto, a muito curto prazo, o completo descalabro do sistema de pensões ou a falência do Estado (pois este não pode, sistematicamente, cobrir a incapacidade de auto-financiamento do sistema).
Assim, imploro a quem de direito que, enquanto há tempo, tomem as necessárias medidas para evitar o iminente colapso do nosso sistema de pensões cujo fundo já rebentou….
José Silva
Mais o artigo adianta que no ano de 2010 o custo total das pensões, pagas pela CGA foi de 8,4 mil milhões de euros tendo sofrido um aumento de 4,1% relativamente a 2009.
Não sou economista e, muito menos, entendido em finanças públicas ou políticas de sustentabilidade económica mas, uma coisa tenho por certo: O Sistema Nacional de Pensões vai estoirar ou levará o Estado à falência…
Em Portugal o salário mínimo nacional (SMN) são € 485 e a média da retribuição dos trabalhadores portugueses rondará os € 700/800 por mês, portanto cada trabalhador contribui para o fundo de pensões com cerca de € 260 mensais (descontos do trabalhador e da entidade patronal).
Ora, um simples cálculo aritmético diz-nos que a CGA paga, mensalmente, € 600 milhões em reformas (8,4 mil milhões a dividir por 14 prestações) o que nos leva a concluir que são necessários os descontos de pelo menos 2 milhões e 300 mil trabalhadores (600 milhões a dividir por 260) só para pagar tais reformas.
Sabendo-se que os funcionários públicos são cerca de 700 000, precisamos de mais 1,6 milhões trabalhadores para descontar ou o Estado tem de financiar o sistema o que, inexoravelmente, levará à bancarrota, se o sistema não for alterado e as pensões milionárias não forem drasticamente reduzidas ou impondo-se um limite máximo de € 2000/3000 nas pensões e reformas mais altas, como já acontece em Espanha e na Suíça.
Ainda temos as reformas, subsídios, abonos e subvenções pagas pela Segurança Social cujo total andará na casa das dezenas de milhares de milhões de euros, para a qual as contribuições feitas pelos trabalhadores e entidades patronais não serão, com toda a certeza, suficientes. Isto sem contar com os pesados custos do seu funcionamento, altamente burocratizado e ineficiente.
Hoje mesmo o Jornal de Negócio on-line adianta que, em 2008 as comparticipações do OE para a CGA foi de 3,3 mil milhões de euros, mais 3,2% que no ano anterior.
Parece evidente que para equilibrar as contas, o Estado tem de transferir avultadas verbas dos nossos impostos para essas instituições, o que é, de todo, incomportável e profundamente injusto para o contribuinte.
Perante esta dramática e insustentável situação é imoral, injusto e até criminoso haver pensionistas a receberem milionárias pensões, muitos acima de 4, 5 e 7 mil euros, 14 vezes ao ano.
Sou leigo nesta matéria mas, sei muito bem que os números não enganam e são cruéis, por isso estou, genuinamente, preocupado com o evoluir da situação porque pressinto, a muito curto prazo, o completo descalabro do sistema de pensões ou a falência do Estado (pois este não pode, sistematicamente, cobrir a incapacidade de auto-financiamento do sistema).
Assim, imploro a quem de direito que, enquanto há tempo, tomem as necessárias medidas para evitar o iminente colapso do nosso sistema de pensões cujo fundo já rebentou….
José Silva