Boa tarde caro Joaquim Jorge. Estive presente na passada 2.ª feira. Gostei bastante da sua moderação e da atitude do convidado.
Pretendo ser presença assídua no Clube dos Pensadores, mas permita-me dizer-lhe 2 coisas muito rápidas:
1 – Cheguei ao hotel 45m antes do início do debate. Quando entrei na sala percebi que 80% estava reservada para pessoas que foram chegando, algumas 1 hora depois do início do debate, acompanhados pela família, todos com direito a sentar, quando eu e mais algumas dezenas ficamos de pé, encostados, com pouco espaço, sequer, para respirar confortavelmente. Achei esta situação muito pouco democrática, daí esta indignação que de forma muito humilde lhe transmito.
2 – Penso que as intervenções, com excepção das suas (as únicas questões realmente pertinentes e “desinteressadas”) e as do convidado, foram paupérrimas. Não passaram de intervenções partidárias (PSD/PS) que em nada representaram a sociedade civil apartidária (como eu) que tinham questões concretas para colocar ao futuro primeiro-ministro de Portugal. Aliás, como o Sr. Joaquim Jorge fez e muito bem. Também na escolha dos intervenientes (Luís Filipe Menezes, etc) me pareceu que houve deficit de democracia, foram escolhidos meia-dúzia de privilegiados.
Caro Joaquim Jorge, reforço que estas opiniões são humildes e descomprometidas. E são ditas por alguém que admira imenso o trabalho que tem desenvolvido ao ponto de estar disponível para participar mais activamente na promoção/organização de mais 5 anos de Clube dos Pensadores.
Quero com isto dizer, que estarei presente no próximo debate e no seguinte, e no seguinte… e disponível para ajudar da forma que entender que o meu contributo possa ser útil. Penso que este caminho (grupos descomprometidos de pessoas juntarem-se e pensarem Portugal) é fundamental para a nossa educação cívica e para o crescimento intelectual do país.
Por isso, senti que, por exemplo, a ausência de jovens do debate de 2.ª feira dá ao Clube dos Pensadores um enorme potencial de durabilidade, consistência e qualidade. Insisto que não pretendo, com este e-mail, ser inconveniente, mas demonstrar a minha vontade e disponibilidade para o ajudar o brilhante trabalho que tem desenvolvido. Abraço.
Bruno Fonseca