Desde o primeiro anúncio do PEC, que aqui previ não resolver nada, mas apenas enganarmo-nos uns aos outros, porque não se ataca a causa. Seguiram-se outros PEC. A cada um a certeza do governo que era o necessário para acalmar os “Mercados”. Coisa que está mais que à vista de todos.
Portugal está em maus lençóis porque viveu acima das suas possibilidades, aceitando uma política de subsídios e apoios da UE para se auto-destruir, aniquilando o seu sistema produtivo. Todos os governos foram cúmplices na atitude de prostituta que tiveram (receber dinheiro em troca da destruição de setores inteiros).
A única solução do governo tem sido impor cada vez mais sacrifícios e até à exaustão, convencido que os Mercados aceitam de bom grado tal comportamento. Se os ditos Mercados se extasiassem com o sangue que o governo está a sugar ao povo português só poderia ser por sadismo. Mas não se comovem com esta sangria e os juros continuam a subir. E o governo não sabe porquê, o que é ainda pior (ou revelador da sua incompetência). Ora se a alta finança não se comove com o sadismo do governo português é porque não tem a menor confiança nas suas medidas, nem pode ter. De facto, vão apenas emagrecer ainda mais o país e levá-lo ao definhamento acelerado.
O anúncio da implementação do PEC 4 por Teixeira dos Santos foi mais uma demonstração de que o governo está à deriva e resolveu desafiar tudo e todos. Não deu a conhecer as medidas ao PR, o que mostra a falta de ética sem limites.
Não consertou nada com os partidos da oposição, nem com os parceiros sociais, revelando solidão na decisão e confronto para criar já a rotura que o PR ainda não consumou.
Mais uma vez só ataca quem não pode fugir um milímetro aos impostos. São sistematicamente os mesmos a pagar, porque é mais fácil. Revela falta de sensibilidade para lidar com a situação e bastante incompetência. As faustosas obras faraónicas que delapidam o erário público têm de continuar para alimentar as clientelas ricas. As PPP continuam de vento em poupa em diversos setores, da água, à saúde, transportes, etc. São parcerias que só o parceiro privado ganha à custa dos impostos que todos pagamos, ou melhor, que os mesmos pagam sempre com língua de palmo.
Não ataca a raiz do problema, nem mexe com nenhum interesse instalado. Tem um comportamento que dá a entender que está no meio de um assalto e tudo o que puder será levado e quem vier atrás que apague a luz. Só há coragem para sacar ainda mais e de forma vergonhosa aos mesmos. O comportamento é inqualificável. A mentira é o instrumento mais utilizado, bem como o fartar vilanagem.
Eu pergunto se há alguma vantagem em manter um governo digno de qualquer organização sediada em Nápoles ou na Catânia. O que é que o PR está a fazer que não vê quando um produto está podre e fora de prazo, causando constantes dores ao povo português?
Mário Russo
*novo acordo ortográfico ainda não em vigor
Portugal está em maus lençóis porque viveu acima das suas possibilidades, aceitando uma política de subsídios e apoios da UE para se auto-destruir, aniquilando o seu sistema produtivo. Todos os governos foram cúmplices na atitude de prostituta que tiveram (receber dinheiro em troca da destruição de setores inteiros).
A única solução do governo tem sido impor cada vez mais sacrifícios e até à exaustão, convencido que os Mercados aceitam de bom grado tal comportamento. Se os ditos Mercados se extasiassem com o sangue que o governo está a sugar ao povo português só poderia ser por sadismo. Mas não se comovem com esta sangria e os juros continuam a subir. E o governo não sabe porquê, o que é ainda pior (ou revelador da sua incompetência). Ora se a alta finança não se comove com o sadismo do governo português é porque não tem a menor confiança nas suas medidas, nem pode ter. De facto, vão apenas emagrecer ainda mais o país e levá-lo ao definhamento acelerado.
O anúncio da implementação do PEC 4 por Teixeira dos Santos foi mais uma demonstração de que o governo está à deriva e resolveu desafiar tudo e todos. Não deu a conhecer as medidas ao PR, o que mostra a falta de ética sem limites.
Não consertou nada com os partidos da oposição, nem com os parceiros sociais, revelando solidão na decisão e confronto para criar já a rotura que o PR ainda não consumou.
Mais uma vez só ataca quem não pode fugir um milímetro aos impostos. São sistematicamente os mesmos a pagar, porque é mais fácil. Revela falta de sensibilidade para lidar com a situação e bastante incompetência. As faustosas obras faraónicas que delapidam o erário público têm de continuar para alimentar as clientelas ricas. As PPP continuam de vento em poupa em diversos setores, da água, à saúde, transportes, etc. São parcerias que só o parceiro privado ganha à custa dos impostos que todos pagamos, ou melhor, que os mesmos pagam sempre com língua de palmo.
Não ataca a raiz do problema, nem mexe com nenhum interesse instalado. Tem um comportamento que dá a entender que está no meio de um assalto e tudo o que puder será levado e quem vier atrás que apague a luz. Só há coragem para sacar ainda mais e de forma vergonhosa aos mesmos. O comportamento é inqualificável. A mentira é o instrumento mais utilizado, bem como o fartar vilanagem.
Eu pergunto se há alguma vantagem em manter um governo digno de qualquer organização sediada em Nápoles ou na Catânia. O que é que o PR está a fazer que não vê quando um produto está podre e fora de prazo, causando constantes dores ao povo português?
Mário Russo
*novo acordo ortográfico ainda não em vigor
