Fotografia © REUTERS/Jose Manuel Ribeiro
Neste debate quinzeanl esteve no subconsciente de todos os presentes , o dia 23 de Março em que o PEC é debatido e votado . José Sócrates vai ter dificuldade em ver o PEC aprovado no Parlamento. Para ajudar à festa António Costa criticou de uma forma inabitual Teixeira dos Santos , dizendo que a sua comunicação oa país das novas medidas de austeridade foi desastrosa e ficará na história da política dos tempso modernos.
o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) que o ministro das Finanças anunciou na passada sexta-feira - e que Sócrates insiste em serem apenas "linhas orientadoras" - não tem o apoio do Parlamento.
José Sócrates já entendeu essa falta de apoio e durante o debate voltou a rebater, já em jeito de campanha eleitoral, as consequências do chumbo do documento: "diminuição da capacidade" de financiamento, entrada do FMI, mais sacrifícios aos portugueses do que aqueles que um Plano imporia.
E avisou: "Quem provocar a crise política ficará responsável pelas consequências para os portugueses e para Portugal".
O primeiro-ministro fez ainda um derradeiro apelo ao diálogo, afirmando que o documento apresentado não é "um facto consumado" e que o Governo "está aberto a negociar". José Sócrates viu Miguel Macedo, do PSD, reiterar a rejeição ao documento, e o mesmo aconteceu com as restantes bancadas.
Ainda piscou o olho ao CDS e Bloco de Esquerda, mas tanto Paulo Portas , como Francisco Louçã deixaram claro que não dão apoio às medidas de austeridade.
No final, Sócrates fez a dramatização das consequências do chumbo e apelou ao "sentido de responsabilidade" de "todos os partidos".
Crise política não tem que acontecer como diz José Sócrates mas ela ( crise) está no ar e sente-se há muito tempo.
Sócrates voltou também a reiterar que a antecipação das linhas gerais do PEC não foi "extraordinária", porque o Governo fez o mesmo no ano passado. E também que as pensões mínimas vão este ano ter "uma subida moderada", em nome da "justiça social".
Mas não adianta nada e a cimeira da UE no dia 24 e 25 de Março pode ter a presença de Sócrates pela última vez ou já não ter e fazer-se substituir por um Ministro , por exemplo, o Ministro das Finanças.
As coisas estão feias mas parece que não se quer resolver nada , o que interessa é arranjar culpados e saber de quem é a culpa.
O sistema político está enfermo e em agonia. Dever-se -ia fazer uma catarse e analisar tudo que se fez depois do 25 De Abril , assumirem os erros e lançar uma nova plataforma possível e exequível que todos os portugueses percebem o que se está a fazer.
O que eu sei, é quem menos culpa tem em tudo isto, é que paga e infelizmente pelos erros dos outros ( políticos).
Pedro Passos Coelho que diga rapidamente o que fará no lugar de José Sócrates , o país está à espera...
De uma forma simples e que todos entendam sem espaventos de tudo prometer.
*com DE
JJ