Ontem o CdP viveu mais um momento de inovação pela mente fervilhante de ideias do Joaquim Jorge, ao transportar um debate a dois, já comum na TV, o Jota ao Quadrado, protagonizado pelo fundador do CdP e o Economista Jorge Queiroz, com moderação da bela Jornalista Clara Teixeira, em debate de auditório.
Os protagonistas sugerem temas à moderadora que os instiga à sua dissecação, com as picardias do confronto, para animar a assistência. JJ com o seu tradicional e acutilante estilo fleumático a defender os seus pontos de vista e Jorge Queiroz com a sua calma de Sofista ripostando.
Falou-se da qualidade da democracia, do estado da economia do país, do sistema político e de cidadania, entre outros assuntos da atualidade.
JJ é de opinião que Sócrates tem 7 vidas, como os gatos, e é hábil em sobreviver. Consegue fazer oposição a si próprio, para desvalorizar o papel da oposição. E tem razão nesta observação. Veja-se o seu discurso no novo movimento tipo “estados gerais”, que critica tudo e todos os que pretendem acabar com o estado social. Justamente ele que subtraiu coercivamente os funcionários públicos em 5 % do seu salário, que acabou com prestações sociais, que sacou da reforma dos velhinhos. Que pôs os pensionistas com pensões de miséria a pagar ADSE e IRS. É mesmo preciso ter muita lata. Mas é Sócrates no seu melhor, arriscando-se a ganhar as próximas eleições, que justificam a mediocridade da nossa sociedade civil, donde emanam os políticos.
Na segunda parte foi a vez da plateia dar voz ao seu descontentamento e num misto de opinião e de questionamento, fez com que JJ e Jorge Queiroz se debruçassem mais sobre o que apoquenta os portugueses.
Foi quase unânime que é preciso refundar a democracia podre em que assenta o nosso sistema político, dominado pela partidarite em que a sociedade pouco tem a dizer, ou vez de se expressar, razão porque o CdP existe e tem mantido crescente aceitação popular.
Percorreu a sala a descrença da reforma do sistema político pelo seu interior, porque os atores não querem ser reformados antes do tempo, defendendo a todo o custo a manutenção do staus quo. Foi a única corrente de pensamento que não partilho, pois tendo eu a convicção que a reforma do sistema político só pode ser feita de duas maneiras: (i) por revolução, ou (ii) pelo seu interior (tipo cavalo de Tróia), implodindo a sua estrutura, sou da opinião que é possível com a filiação maciça de cidadãos nos partidos, de modo a terem a maioria necessária para expulsar o “lixo” que entulha as máquinas incompetentes e corruptas que assaltaram e colonizaram os partidos, por culta da omissão dos “homens bons”.
Imaginem que um grupo de 200 pessoas se filiava no partido XPTO, em 4 secções. Certamente que seriam eles a ditar quem é quem nessas secções e até na distrital. É capaz de ser mais prático do que uma revolução.
Noite bem passada em agradável companhia e mais um serviço de cidadania do CdP e do programa bem conduzido por Clara Teixeira e pelos seus dois convidados do programa Jota ao Quadrado. Os meus parabéns ao produtor e à RTV. Obrigado a todos.
Mário Russo
Os protagonistas sugerem temas à moderadora que os instiga à sua dissecação, com as picardias do confronto, para animar a assistência. JJ com o seu tradicional e acutilante estilo fleumático a defender os seus pontos de vista e Jorge Queiroz com a sua calma de Sofista ripostando.
Falou-se da qualidade da democracia, do estado da economia do país, do sistema político e de cidadania, entre outros assuntos da atualidade.
JJ é de opinião que Sócrates tem 7 vidas, como os gatos, e é hábil em sobreviver. Consegue fazer oposição a si próprio, para desvalorizar o papel da oposição. E tem razão nesta observação. Veja-se o seu discurso no novo movimento tipo “estados gerais”, que critica tudo e todos os que pretendem acabar com o estado social. Justamente ele que subtraiu coercivamente os funcionários públicos em 5 % do seu salário, que acabou com prestações sociais, que sacou da reforma dos velhinhos. Que pôs os pensionistas com pensões de miséria a pagar ADSE e IRS. É mesmo preciso ter muita lata. Mas é Sócrates no seu melhor, arriscando-se a ganhar as próximas eleições, que justificam a mediocridade da nossa sociedade civil, donde emanam os políticos.
Na segunda parte foi a vez da plateia dar voz ao seu descontentamento e num misto de opinião e de questionamento, fez com que JJ e Jorge Queiroz se debruçassem mais sobre o que apoquenta os portugueses.
Foi quase unânime que é preciso refundar a democracia podre em que assenta o nosso sistema político, dominado pela partidarite em que a sociedade pouco tem a dizer, ou vez de se expressar, razão porque o CdP existe e tem mantido crescente aceitação popular.
Percorreu a sala a descrença da reforma do sistema político pelo seu interior, porque os atores não querem ser reformados antes do tempo, defendendo a todo o custo a manutenção do staus quo. Foi a única corrente de pensamento que não partilho, pois tendo eu a convicção que a reforma do sistema político só pode ser feita de duas maneiras: (i) por revolução, ou (ii) pelo seu interior (tipo cavalo de Tróia), implodindo a sua estrutura, sou da opinião que é possível com a filiação maciça de cidadãos nos partidos, de modo a terem a maioria necessária para expulsar o “lixo” que entulha as máquinas incompetentes e corruptas que assaltaram e colonizaram os partidos, por culta da omissão dos “homens bons”.
Imaginem que um grupo de 200 pessoas se filiava no partido XPTO, em 4 secções. Certamente que seriam eles a ditar quem é quem nessas secções e até na distrital. É capaz de ser mais prático do que uma revolução.
Noite bem passada em agradável companhia e mais um serviço de cidadania do CdP e do programa bem conduzido por Clara Teixeira e pelos seus dois convidados do programa Jota ao Quadrado. Os meus parabéns ao produtor e à RTV. Obrigado a todos.
Mário Russo