Os políticos andam com a mania de medir a felicidade , como isso fosse possível?Os belgas, franceses e ingleses vão procurar estabelecer parâmetros para o produto interno felicidade ( PIF). Todavia tem alguma razão de ser, o crescimento do PIB , nem sempre se traduz em maior bem-estar para as pessoas, qualidade de vida e satisfação dos cidadãos.Rafael Sánchez Ferlosio disse que «o dinheiro pode dar felicidade mas destroça os nervos», é um aforismo mas não deixa de ser curioso.
O dinheiro não é tudo e há gente feliz com tão pouco. Aliás o grande satisfação pessoal é não estar dependente de algo material . Há mais coisas na vida para além do dinheiro , o aumento da riqueza não é sinónimo de felicidade , não existe um barómetro ou algo mágico que nos diga que somos mais felizes quando se tem mais do que os outros. Os especialistas dizem que a alegria de ganhar o euromilhões dura um ano , mas eu não me importaria que me acontecesse a mim tal sorte( risos) . Ser feliz é ter saúde, educação ,segurança , amigos, meio ambiente , horas de lazer, horas que se dorme por dia, nível de emprego,entre outros.
Penso que é mais fácil falar-se de bem -estar do que de felicidade, mas como nos acostumamos rapidamente a viver com mais dinheiro também rapidamente nos habituamos a a viver pior e mudar as nossas referências e gostos. Actualmente estamos nesta fase. Se calhar mais vale ter menos e ser feliz às vezes do que muito e ter uma vida decepcionante.
Mas cá para nós que ninguém nos ouve , ter dinheiro dá um jeitaço , devemos é ter os pés assentes na terra e não cometer loucuras. O dinheiro permite ser independente e se houver algum equilíbrio a felicidade chega depois.
JJ