As notícias de há tempos a esta parte resumem-se à crise, ao orçamento de austeridade, aos PECs. É uma conversa deprimente e sem nenhum lampejo de talento que em vez de mobilizar o país para uma saída em força do fundo do poço, mais o deprime e desencoraja a fazer seja o que for.
Já tivemos 2 PECs que o governo afirmou não ser preciso mais, mas afinal é. Só não sei porque se há-de acreditar mais nesta terapia, ditada pelos mesmos, que erram sempre, em tão pouco tempo.
Mas também o que não é aceitável é a ameaça, como a que Teixeira dos Santos fez: "Se nós falharmos, alguém virá aqui impor condições que vão ser mais duras, mais gravosas, e mais lesivas para todos nós" em comparação com as medidas do OE2011.
Que Portugal tivesse de partilhar soberania no seio da UE, todos sabíamos, mas que já era colónia de alguém do FMI é novidade e remete-nos para a pergunta: o que estes senhores do governo estão a fazer?
Não servem para governar o país e conduziram-no a um beco sem saída. Revelam falta de talento para fazer as reformas de que o país verdadeiramente necessita e apresentam um orçamento que só sabe sacar dinheiro de impostos e cortar salários, cortar comida. Não reforma onde é fundamental. Não sabe defender-se nas instâncias internacionais e ameaça os portugueses com o bicho papão FMI. Inaceitável e digno de um país das bananas.
Não aceito como boa que se viabilize o Orçamento a qualquer custo, porque senão o país desaparece. Logo o mais velho país com fronteiras estáveis do mundo. O papão de que a economia não será financiada é uma conversa para enganar papalvos. A dívida portuguesa é suficientemente grande para que os “Al Capones” da alta finança a tratem com mais cautela, sob pena de perderem biliões de Euros. Um pequeno devedor é penhorado e trucidado. Um grande devedor é tratado como parceiro.
Afinal quem é esse papão com que nos ameaçam? Será que esse papão não estará mais interessado em que a economia cresça para haver garantias do retorno dos empréstimos? Não será que se for apresentado um orçamento que aponte na direcção certa das reformas (reorganização do estado, cortes nos indecorosos Institutos Públicos que sacam o erário público e os nossos impostos) e que mostre o potencial de crescimento, não é mais interessante que o esmagar dos pobres e da classe média de um país, que é motor de desenvolvimento?
Não aprovar o orçamento de guilhotina não será o fim do país. A crise já está instalada e nada será pior do que o que nos espera com este garrote fiscal. É preciso ter coragem nesta hora e mostrar ao mundo que Portugal pode ter um governo que não se verga à chantagem da especulação. Não aprovar/viabilizar o Orçamento pode ser a medida mais PATRIÓTICA que se pode tomar. Já que estamos na lama, devemos tentar sair dela, e não mantermo-nos no chiqueiro, que é o que acontecerá com estas medidas.
O que se tem passado desde Fevereiro mostra que este governo está cansado, não tem ideias e pior que tudo, já entrou em desespero e faz o que lhe mandarem os dignitários da alta finança, nem que seja enterrar em vida os portugueses.
Nada é pior que esta situação. Querem fazer-nos crer que não, mas não conseguem provar. Clarifique-se a governação deste país, que é a que verdadeiramente não serve, nem tem credibilidade internacional. Apresente-se um orçamento sério para ver se os mercados não acalmam. O que não traz confiança ao mercado é a credibilidade deste governo.
Das consequências já ditas pelos pais das próprias terapias, pergunto: para que serve um orçamento que unicamente mata um povo? Há algo pior? Para quê aprová-lo? Por masoquismo?
Mário Russo
Já tivemos 2 PECs que o governo afirmou não ser preciso mais, mas afinal é. Só não sei porque se há-de acreditar mais nesta terapia, ditada pelos mesmos, que erram sempre, em tão pouco tempo.
Mas também o que não é aceitável é a ameaça, como a que Teixeira dos Santos fez: "Se nós falharmos, alguém virá aqui impor condições que vão ser mais duras, mais gravosas, e mais lesivas para todos nós" em comparação com as medidas do OE2011.
Que Portugal tivesse de partilhar soberania no seio da UE, todos sabíamos, mas que já era colónia de alguém do FMI é novidade e remete-nos para a pergunta: o que estes senhores do governo estão a fazer?
Não servem para governar o país e conduziram-no a um beco sem saída. Revelam falta de talento para fazer as reformas de que o país verdadeiramente necessita e apresentam um orçamento que só sabe sacar dinheiro de impostos e cortar salários, cortar comida. Não reforma onde é fundamental. Não sabe defender-se nas instâncias internacionais e ameaça os portugueses com o bicho papão FMI. Inaceitável e digno de um país das bananas.
Não aceito como boa que se viabilize o Orçamento a qualquer custo, porque senão o país desaparece. Logo o mais velho país com fronteiras estáveis do mundo. O papão de que a economia não será financiada é uma conversa para enganar papalvos. A dívida portuguesa é suficientemente grande para que os “Al Capones” da alta finança a tratem com mais cautela, sob pena de perderem biliões de Euros. Um pequeno devedor é penhorado e trucidado. Um grande devedor é tratado como parceiro.
Afinal quem é esse papão com que nos ameaçam? Será que esse papão não estará mais interessado em que a economia cresça para haver garantias do retorno dos empréstimos? Não será que se for apresentado um orçamento que aponte na direcção certa das reformas (reorganização do estado, cortes nos indecorosos Institutos Públicos que sacam o erário público e os nossos impostos) e que mostre o potencial de crescimento, não é mais interessante que o esmagar dos pobres e da classe média de um país, que é motor de desenvolvimento?
Não aprovar o orçamento de guilhotina não será o fim do país. A crise já está instalada e nada será pior do que o que nos espera com este garrote fiscal. É preciso ter coragem nesta hora e mostrar ao mundo que Portugal pode ter um governo que não se verga à chantagem da especulação. Não aprovar/viabilizar o Orçamento pode ser a medida mais PATRIÓTICA que se pode tomar. Já que estamos na lama, devemos tentar sair dela, e não mantermo-nos no chiqueiro, que é o que acontecerá com estas medidas.
O que se tem passado desde Fevereiro mostra que este governo está cansado, não tem ideias e pior que tudo, já entrou em desespero e faz o que lhe mandarem os dignitários da alta finança, nem que seja enterrar em vida os portugueses.
Nada é pior que esta situação. Querem fazer-nos crer que não, mas não conseguem provar. Clarifique-se a governação deste país, que é a que verdadeiramente não serve, nem tem credibilidade internacional. Apresente-se um orçamento sério para ver se os mercados não acalmam. O que não traz confiança ao mercado é a credibilidade deste governo.
Das consequências já ditas pelos pais das próprias terapias, pergunto: para que serve um orçamento que unicamente mata um povo? Há algo pior? Para quê aprová-lo? Por masoquismo?
Mário Russo