Já se sabia que o estado da economia nacional era de cuidados intensivos, fruto da acção “competente” deste governo. Promessas todas furadas. PEC a pedido de Bruxelas, receita clássica, com os resultados que aí estão. Não contentes, repetem em dose cavalar.
Este PS está a matar o carrapato do boi, matando o boi.
As medidas lançadas pelo governo revelam desespero e desnorte. Pensa que ataca em todas as frentes, mas apenas corta a fundo nos funcionários públicos. Só faltou fazer um violento ataque os funcionários públicos acusando-os da crise. Não o fez, mas agiu como se fossem. Carpiram lágrimas ao anunciar o saque, mas foram de crocodilo. Não é o país a pagar a crise, mas os funcionários públicos.
Os cortes salariais remetem-nos para níveis de há 10 anos atrás e é para ficar. Menos consumo, menos impostos a arrecadar por esta via, definhamento da economia, recessão, empobrecimento, desânimo e, por fim, a revolta.
Se houvesse um rasgo de talento e competência, para o mesmo montante, seria preferível um imposto geral e irrestrito com carácter excepcional a todos os portugueses, de cariz progressivo e calendarizado no tempo, ou seja, quando se atingissem os objectivos do défice, acabaria o imposto e os salários não seriam beliscados.
Com um imposto excepcional é que poderíamos dizer que eram os portugueses a pagar a crise. O que foi feito, e já vi que com o beneplácito do PSD, é um ataque aos funcionários públicos, únicos a pagar.
Por outro lado o governo não disse que cortes fará nos mastodontes dos milhares de institutos públicos sem sentido que só servem para sorver dinheiro público. Que reorganização tem de fazer na Administração, como o adiado encerramento dos governos civis, antro de boys perdedores de eleições autárquicas, que não servem para nada, nas empresas públicas e municipais criadas apenas como cabides de empregos de boys do partido de ocasião.
O plano do governo, o 3º, tem a mesma credibilidade dos 2 anteriores. Aliás, como dizia J.F. Kennedy, citado por Joaquim Jorge, “Pode-se enganar todas as pessoas por algum tempo e algumas pessoas durante todo o tempo. Mas não se pode enganar toda a gente por todo o tempo.” Mas é isso que este governo está a fazer há muito.
O desnorte é total. Um dia não há obras faraónicas, para no dia seguinte avançarem. Depois cortam-se salários e benefícios (aos funcionários públicos) e congelam-se os investimentos em obras. Mas as faraónicas é para avançar já. Quem manda neste governo?
Que Europa é esta? Que impôs projectos, planos, leis, modelos, que simplesmente falharam e agora age como se nada tivesse a ver com o assunto? É cínica?
Onde estão medidas para estímulo à economia? Onde está a luta em Bruxelas para que a negociação nos mercados seja feita sob o lastro da UE, impedindo que os sanguessugas da alta finança se aproveitem e especulem?
Este governo não sabe para onde vai, mas levará o país para o abismo. É só deixá-los.
Mário Russo
Este PS está a matar o carrapato do boi, matando o boi.
As medidas lançadas pelo governo revelam desespero e desnorte. Pensa que ataca em todas as frentes, mas apenas corta a fundo nos funcionários públicos. Só faltou fazer um violento ataque os funcionários públicos acusando-os da crise. Não o fez, mas agiu como se fossem. Carpiram lágrimas ao anunciar o saque, mas foram de crocodilo. Não é o país a pagar a crise, mas os funcionários públicos.
Os cortes salariais remetem-nos para níveis de há 10 anos atrás e é para ficar. Menos consumo, menos impostos a arrecadar por esta via, definhamento da economia, recessão, empobrecimento, desânimo e, por fim, a revolta.
Se houvesse um rasgo de talento e competência, para o mesmo montante, seria preferível um imposto geral e irrestrito com carácter excepcional a todos os portugueses, de cariz progressivo e calendarizado no tempo, ou seja, quando se atingissem os objectivos do défice, acabaria o imposto e os salários não seriam beliscados.
Com um imposto excepcional é que poderíamos dizer que eram os portugueses a pagar a crise. O que foi feito, e já vi que com o beneplácito do PSD, é um ataque aos funcionários públicos, únicos a pagar.
Por outro lado o governo não disse que cortes fará nos mastodontes dos milhares de institutos públicos sem sentido que só servem para sorver dinheiro público. Que reorganização tem de fazer na Administração, como o adiado encerramento dos governos civis, antro de boys perdedores de eleições autárquicas, que não servem para nada, nas empresas públicas e municipais criadas apenas como cabides de empregos de boys do partido de ocasião.
O plano do governo, o 3º, tem a mesma credibilidade dos 2 anteriores. Aliás, como dizia J.F. Kennedy, citado por Joaquim Jorge, “Pode-se enganar todas as pessoas por algum tempo e algumas pessoas durante todo o tempo. Mas não se pode enganar toda a gente por todo o tempo.” Mas é isso que este governo está a fazer há muito.
O desnorte é total. Um dia não há obras faraónicas, para no dia seguinte avançarem. Depois cortam-se salários e benefícios (aos funcionários públicos) e congelam-se os investimentos em obras. Mas as faraónicas é para avançar já. Quem manda neste governo?
Que Europa é esta? Que impôs projectos, planos, leis, modelos, que simplesmente falharam e agora age como se nada tivesse a ver com o assunto? É cínica?
Onde estão medidas para estímulo à economia? Onde está a luta em Bruxelas para que a negociação nos mercados seja feita sob o lastro da UE, impedindo que os sanguessugas da alta finança se aproveitem e especulem?
Este governo não sabe para onde vai, mas levará o país para o abismo. É só deixá-los.
Mário Russo