29/09/2010

PORTUGAL HOJE COMO ONTEM

Os portugueses em geral e os mais desprotegidos e sensíveis em especial,continuam desde há séculos á espera de um D. Sebastião, que os venha libertar da opressão estrangeira. No caso presente, da opressão à distancia, tele -comandada por investidores/especuladores,ou pseudo capitalistas estrangeiros,os quais como habitualmente são habilidosamente e ardilosamente posicionados nos países que desejam esbulhar, a mando dos seus patrocinadores estratégicos,alguns países da UE, que todos conhecemos acolitados pelas igualmente famosas agências e rating, no fundo ao serviço desses investidores/capitalistas e dos já referidos patrocinadores.

Esperam pois os Portugueses, ano após ano, década após década, por um qualquer D. Sebastião, sendo que ciclicamente de 4 em 4 anos, lá aparece um,não de motu próprio ou aparição de carácter milagroso, mas por resultado de eleições e que em virtude das costumeiras promessas sebastiânicas, servem de ingrediente para especulações,mais ou menos enganosas sobre algo que não se sabe bem o que é,mas que bem se poderia designar por características ou marcas originais da alma Portuguesa; o acreditar.


Será uma maneira cómoda de se falar do povo para o povo e pelo povo, sem nada tencionar fazer por ele. É um álibi de políticos, conjugado com atitudes paternalistas,cujas verdadeiras raízes, são o subdesenvolvimento, a credulidade e a conformação. E nem sequer há a coragem, de se confessar abertamente, com lealdade, verdade e honestidade transparente, porque se iludem a si próprios e aos Portugueses, com a esperança de uma libertação gratuita vinda de fora, descida dos céus talvez, oferecida de um dos lados da UE. Mas sempre, uma libertação em que não tenhamos de correr grandes riscos, abdicar seja do que for, assumimo-nos nós próprios ou à nossa verdade mais conveniente, que nos dispense enfim de podermos e devermos ser nós próprios o D. Sebastião.


Oliveira Neves