02/04/2010

Chegou a Primavera

Oliveira Neves



Com a chegado da Primavera,novos horizontes despontam. Ainda não é o Verão,mas algum sol vai aparecendo. Fraquinho, quase a medo,a panela vai fervendo...há sol que por mais luminoso não aquece,nem arrefece.


Agora é a saga Primaveril dos submarinos. Das "luvas" amplamente calçadas por mãos predestinadas e de unha bem arranjadinha. Enfim, é a "febre" dos fenos, desta vez virada para os submarinos, já que a marinha também não poderia escapar a este verdadeiro afã de fazer sangue,seja lá onde for e a quem for. Consultando os perfis dos lídimos representantes do actual regime parlamentar, vi-me forçado a admitir que nenhum deles alguma vez se atreveu,porque dá trabalho, ou não, passar as lentes dos seus preciosos óculos,(com certeza de boa qualidade e comparticipados pelos contribuintes,)
por Herbert Baxter Adams, e compulsar esse pensamento de 1880.


Para já não falar em René Descartes, em Tales de Mileto, no Entidemo de Platão, ou ainda mais recentemente e de leitura menos pesada para os excelentíssimos parlamentares da actualidade portuguesa, atrevia-me a propor John Dewey. E para que não cansem muito o órgão que lhes proporciona o milagre da visão, convido-os a lerem apenas a página 7 de Experience and Nature do mesmo Dewey.


Para os governantes e respectivos apêndices (gestores públicos dos 3 milhões, assessores,auditores jurídicos e outros) recomendo, porque lhes quero bem, Auguste Comte, nomeadamente o Catecismo Positivista e mais concretamente o saber da Metafísica, da Providência, do Provir, e das Quiméricas, se bem que um pouco de Teologia também não lhes faria mal de todo.


Embrulhando, salvo seja, todos os políticos ou os que dela vivem directamente ou dela aproveitam para benefício próprio,num mesmo saco,sou levado a crer convictamente que o grande problema do regime politico actual,com todo o seu desfiar de lamentações, de enganos, de sofrimentos inúteis e sem sentido, se deve efectivamente ao facto da falta de cultura e de estudo, o que não lhes permite por isso mesmo,incorporar a verdadeira essência da Republica e dos seus ideais mais perenes.


Assim sendo, cabe aos mais capazes e experientes que tendo mergulhado incondicionalmente no Saber e na Razão,tomarem as rédeas do alteroso e borbulhante Poder.