A 12 dias do fim da reunião magna de Copenhaga, da qual poderá sair um acordo vinculativo de extrema importância ambiental (ou não) e económica, designadamente para as economias emergentes, estalou o caso já mundialmente conhecido por Climategate.Recuando no tempo, foi na sequência do protocolo de Quioto, com o objectivo de estabilizar a concentração de gases com efeito estufa na atmosfera, que no final da última década a luta contra o aquecimento global começou a ganhar forma e força em todo mundo, tendo culminado na ratificação do tratado (só) em 2005, cerca de 8 anos após as negociações.
Na já apontada como a grande luta da humanidade no século XXI, artigos científicos, documentários, entre outros meios de manifestação, têm vindo a ter lugar na comunicação social. Onde em boa verdade, foi nos dada não uma “verdade inconveniente”, mas uma “verdade permanente”, onde não houve lugar a cepticismos.
Em prol de lucros inconsequentes, foi seguido o caminho do “verificacionismo dogmático”, em alternativa ao Falsificacionismo, defendido por Karl Popper, onde o que se pede às hipóteses ou teorias com pretensões de serem científicas, é que sejam submetidas a provas de falseamento, e assim serão bem sucedidas aquelas que resistam. Isto é, uma teoria aceita-se enquanto hipótese, se for capaz de fornecer resultados válidos, não desmentidos pelos factos.
Possivelmente foi assim “abafada”, por um capitalismo em que pouco importa o amanhã, uma característica determinante da ciência, e sucedâneas publicações científicas, que foram recusadas, por se apresentarem bastante cépticas quanto à tese do IPCC (Intergovernmental Painel on Climate Change), defendendo mesmo uma estabilização ou ligeira diminuição das temperaturas. Como a revelação de e-mail trocados entre cientistas da unidade de Investigação Climática de East Anglia, veio trazer a público, pelo escandaloso caso Climategate.
Porém, afaste-se a hipótese dos “profetas da verdade”, que aproveitam claramente, no mesmo sentido, o reverso da situação e colocam em risco um eventual acordo em Copenhaga, e possivelmente o futuro do planeta. Assim, perante a conjuntura actual, com uma suposta manipulação das investigações, qualquer passo poderá ser fatal, pelo que se espera a responsabilidade de um acordo preventivo.Contudo, a nós meros cidadãos e desconhecedores da matéria, impõem-se pouco mais que uma postura “agnóstica”.
Bruno Alves
Na já apontada como a grande luta da humanidade no século XXI, artigos científicos, documentários, entre outros meios de manifestação, têm vindo a ter lugar na comunicação social. Onde em boa verdade, foi nos dada não uma “verdade inconveniente”, mas uma “verdade permanente”, onde não houve lugar a cepticismos.
Em prol de lucros inconsequentes, foi seguido o caminho do “verificacionismo dogmático”, em alternativa ao Falsificacionismo, defendido por Karl Popper, onde o que se pede às hipóteses ou teorias com pretensões de serem científicas, é que sejam submetidas a provas de falseamento, e assim serão bem sucedidas aquelas que resistam. Isto é, uma teoria aceita-se enquanto hipótese, se for capaz de fornecer resultados válidos, não desmentidos pelos factos.
Possivelmente foi assim “abafada”, por um capitalismo em que pouco importa o amanhã, uma característica determinante da ciência, e sucedâneas publicações científicas, que foram recusadas, por se apresentarem bastante cépticas quanto à tese do IPCC (Intergovernmental Painel on Climate Change), defendendo mesmo uma estabilização ou ligeira diminuição das temperaturas. Como a revelação de e-mail trocados entre cientistas da unidade de Investigação Climática de East Anglia, veio trazer a público, pelo escandaloso caso Climategate.
Porém, afaste-se a hipótese dos “profetas da verdade”, que aproveitam claramente, no mesmo sentido, o reverso da situação e colocam em risco um eventual acordo em Copenhaga, e possivelmente o futuro do planeta. Assim, perante a conjuntura actual, com uma suposta manipulação das investigações, qualquer passo poderá ser fatal, pelo que se espera a responsabilidade de um acordo preventivo.Contudo, a nós meros cidadãos e desconhecedores da matéria, impõem-se pouco mais que uma postura “agnóstica”.
Bruno Alves