Negra do Messalo,
olhos de fogo,
loucura de ritmo,
tens a cadência
do mapiko
na serpete do teu corpo!
Negra do Messalo,
gestos de sexo,
trilo de rins,
tens o mistério
do mapiko
no domínio do teu corpo!
Negra do Messalo,
mímica estranha,
tens o tantã
do mapiko
no espanto do teu corpo!
Negra do Messalo,
símboço da tua terra
de sangue,
tens a linguagem
da esperança
do teu povo,
na nudez sã do teu corpo!
Negra do Messalo,
clamor de liberdade
desta terra
que me é estranha!
CHAI, Moçambique, Agosto de 1965
(1) - nome do rio, no norte de Moçambique.
Francisco Azevedo Brandão
olhos de fogo,
loucura de ritmo,
tens a cadência
do mapiko
na serpete do teu corpo!
Negra do Messalo,
gestos de sexo,
trilo de rins,
tens o mistério
do mapiko
no domínio do teu corpo!
Negra do Messalo,
mímica estranha,
tens o tantã
do mapiko
no espanto do teu corpo!
Negra do Messalo,
símboço da tua terra
de sangue,
tens a linguagem
da esperança
do teu povo,
na nudez sã do teu corpo!
Negra do Messalo,
clamor de liberdade
desta terra
que me é estranha!
CHAI, Moçambique, Agosto de 1965
(1) - nome do rio, no norte de Moçambique.
Francisco Azevedo Brandão