As eleições Autárquicas mostraram a importância da Unidade da Esquerda, e do respeito pela Diversidade à Esquerda, únicas formas de derrotar a Direita, que se uniu como pôde e sempre que pôde e, mesmo assim, foi derrotada. Porque o PS resistiu e porque houve um comportamento exemplar do PCP, quanto ao voto útil em Lisboa. Há, no entanto, que reconhecer que, à Direita, foi visível como o seu sentido pragmático a faz sustentar-se, a nível nacional, a partir do Poder Local, o que continua a não suceder, no geral, à Esquerda. No entanto, nas Eleições Autárquicas o voto, centrado na disciplina republicana, permitiu a vitória em Lisboa, a António Costa e ao PS, na Câmara Municipal, já não nas Assembleias de Freguesia, sem que tal tenha reduzido a influencia de quem assumiu, mais ou menos explicitamente, que era premente que António Costa e o PS, em coligação, ganhasse aquelas eleições. Penalizados realmente foram os que alimentaram o sectarismo, isto é, o Bloco de Esquerda de Anacleto Louça. Que, não duvido, continuará a privilegiar o ataque ao PS e, claro, a aliança implícita que tem com o PSD, como iremos vendo nos próximos momentos políticos.
Que insisto levarão, caso não se trave esta tendência suicida, o país a novas eleições antecipadas, a um prazo quase certamente não superior a dois anos, e, o que, (isso sim, será grave), à impossibilidade de pormos fim a esta crise que nos afecta cada vez mais, pelo simples desejo do Poder a todo o custo. Anacleto Louçã passeou-se pelo país feito vencedor. Foi derrotado. Deveria demitir-se da dita Mesa do Bloco de Esquerda. Não somente por ter perdido, mas sobretudo por ter procurado, por todos os meios, pôr em causa a Esquerda, sempre que pôde. E, como resultado final ficou-se pelo desastre, por todo o lado, tendo ainda por cima imposto o desperdício, em Lisboa de 4,5% de votos que não tiveram qualquer efeito. Tudo porque se recusou à Unidade de Esquerda.
Em nome de um manifesto populismo, de um estatismo ridículo, de um corporativismo profissional serôdio. Deveria pois demitir-se.
Note-se, no entanto, que o eleitorado BE, em Lisboa, visivelmente, reagiu diferentemente e assumiu a concentração republicana dos votos em António Costa. Seguindo a orientação de Carvalho da Silva e, de certa forma, do PCP. Por isso, é meu dever recordar à direcção do PS que estas eleições não foram favas contadas. Sendo que uma das razões está no abandono dos Eleitos Locais Socialistas, na clara indefinição do PS no que respeita a estruturação de uma Democracia Local participativa, solidariamente organizada, entre os Eleitos Locais Socialistas.
Pois não basta estar nos actos eleitorais de 4 em 4 anos. Urge acompanhar, apoiar, incentivar, formar, os Eleitos Locais Socialistas, com empenho. Urge ser mais presente nas Assembleias de Freguesia onde se perdeu, nas Assembleias Municipais onde se perdeu, nas Câmaras Municipais onde se perdeu. Urge ter mais Eleitos Locais activos,( porque os há e muitos, só que muitas vezes abandonados), permanentemente presentes, no Poder Local e não bombeiros de última hora que entram e saiem das eleições e das Câmaras, e das Juntas de Freguesia como se nada fosse. Andar por aí não está, definitivamente, a dar. Até o autor da dita frase já sabe de tal… O Partido Socialista teve, desta vez, uma enorme sorte – chamado José Sócrates. Por isso teve mais votos, e mais mandatos com menos Presidências de Câmara.
E um acto de responsabilidade – o do PCP. Que não vai durar para sempre, nem acontecer sempre.
(...)
Joffre Justino
Que insisto levarão, caso não se trave esta tendência suicida, o país a novas eleições antecipadas, a um prazo quase certamente não superior a dois anos, e, o que, (isso sim, será grave), à impossibilidade de pormos fim a esta crise que nos afecta cada vez mais, pelo simples desejo do Poder a todo o custo. Anacleto Louçã passeou-se pelo país feito vencedor. Foi derrotado. Deveria demitir-se da dita Mesa do Bloco de Esquerda. Não somente por ter perdido, mas sobretudo por ter procurado, por todos os meios, pôr em causa a Esquerda, sempre que pôde. E, como resultado final ficou-se pelo desastre, por todo o lado, tendo ainda por cima imposto o desperdício, em Lisboa de 4,5% de votos que não tiveram qualquer efeito. Tudo porque se recusou à Unidade de Esquerda.
Em nome de um manifesto populismo, de um estatismo ridículo, de um corporativismo profissional serôdio. Deveria pois demitir-se.
Note-se, no entanto, que o eleitorado BE, em Lisboa, visivelmente, reagiu diferentemente e assumiu a concentração republicana dos votos em António Costa. Seguindo a orientação de Carvalho da Silva e, de certa forma, do PCP. Por isso, é meu dever recordar à direcção do PS que estas eleições não foram favas contadas. Sendo que uma das razões está no abandono dos Eleitos Locais Socialistas, na clara indefinição do PS no que respeita a estruturação de uma Democracia Local participativa, solidariamente organizada, entre os Eleitos Locais Socialistas.
Pois não basta estar nos actos eleitorais de 4 em 4 anos. Urge acompanhar, apoiar, incentivar, formar, os Eleitos Locais Socialistas, com empenho. Urge ser mais presente nas Assembleias de Freguesia onde se perdeu, nas Assembleias Municipais onde se perdeu, nas Câmaras Municipais onde se perdeu. Urge ter mais Eleitos Locais activos,( porque os há e muitos, só que muitas vezes abandonados), permanentemente presentes, no Poder Local e não bombeiros de última hora que entram e saiem das eleições e das Câmaras, e das Juntas de Freguesia como se nada fosse. Andar por aí não está, definitivamente, a dar. Até o autor da dita frase já sabe de tal… O Partido Socialista teve, desta vez, uma enorme sorte – chamado José Sócrates. Por isso teve mais votos, e mais mandatos com menos Presidências de Câmara.
E um acto de responsabilidade – o do PCP. Que não vai durar para sempre, nem acontecer sempre.
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Joffre Justino