Na sequência da crise imposta pelo sr Presidente da República, com o seu ultimo discurso, que de todos os lados teve como resposta um, - hum,hum, não entendemos sr Presidente… é para ofender, para provocar, ou para pedir desculpa? – a comunicação social mostra o resultado,
Teremos eleições daqui a dois anos!
(Felizmente o Público deixou de contar com o militante do jornalismo partidário, José Manuel Fernandes…talvez porque o sr Belmiro já entendeu que não pode beneficiar um partido sem penalizar os seus negócios, dependentes das Câmaras Municipais; o que aliás deixa uma outra pergunta, andam as Câmaras Municipais a apoiar listas partidárias através destes “negócios” com a comunicação social?).
Será sério anular, logo na semana seguinte às eleições, um acto eleitoral que decorreu sem fraude?
Esta instabilidade, gerada sobretudo por um mau jornalismo e por um mau papel da elite politica que se recusa a aceitar uma simples derrota eleitoral, é grave.
Antes do mais porque instabiliza o país em período de grave crise, interna e importada, económica, quando o que o país necessita é de estabilidade para superar esta crise.
De seguida, porque põe em causa a Democracia.
Isto é, este discurso, a continuar, só demonstra que a comunicação social e esta elite politica só entende como viável a força das maiorias absolutas, pelo que prepara, com o mesmo discurso, de instabilidade gerado, a necessidade de novas maiorias absolutas.
O que agrava a razão do discurso do Presidente da República, pois se o enquadramos neste contexto, o que assistimos é, por um lado ao beneficiar da oposição, PSD/BE/CDS/PCP, e, por outro, à preparação do ambiente de instabilidade governativa que se avizinha e que alguns visivelmente anseiam.
Finalmente, assiste-se ainda à desvalorização das eleições Autárquicas, o que é democraticamente ainda mais grave.
Esta instabilidade só pode ter uma resposta – derrotá-la nas Autárquicas, apoiando as Listas PS e assim preparar as eleições Presidenciais com uma campanha alternativa forte, que só pode ser gerada através da Candidatura de Manuel Alegre, apoiada pelo PS e pela Esquerda que em Lisboa se juntou ao PS.
Na verdade, perante este ambiente de confronto, não vale a pena imaginar estratégias e cenários que não sejam de confronto.
Mais ainda, urge repensar a Esquerda, e recriar a Esquerda, tornando-a maioritariamente não populista e não estatista.
De facto, em outras Democracias, com outras elites e outra comunicação social, a solução seria outra – todos privilegiariam a estabilidade, os consensos de governos de coligação, de forma a que a crise fosse, democraticamente superada num contexto de consensualização nacional.
Mas não é o que está a suceder em Portugal.
E, assim, quem ficar de fora das duas Unidades possíveis, à Esquerda com o PS e em volta de Manuel Alegre e à Direita com Cavaco Silva e em volta do PSD, terá, daqui a dois anos, o seu enterro politico.
Resta, claro, uma alternativa – a de o bom senso surgir no PSD e de surgir uma alternativa no PSD, de centro esquerda, que cubra a estabilidade e a superação da crise que Portugal vive.
Mas esta alternativa não se vislumbra no horizonte, com um PR, de direita a, claramente, opor-se a ela.
Joffre Justino
Teremos eleições daqui a dois anos!
(Felizmente o Público deixou de contar com o militante do jornalismo partidário, José Manuel Fernandes…talvez porque o sr Belmiro já entendeu que não pode beneficiar um partido sem penalizar os seus negócios, dependentes das Câmaras Municipais; o que aliás deixa uma outra pergunta, andam as Câmaras Municipais a apoiar listas partidárias através destes “negócios” com a comunicação social?).
Será sério anular, logo na semana seguinte às eleições, um acto eleitoral que decorreu sem fraude?
Esta instabilidade, gerada sobretudo por um mau jornalismo e por um mau papel da elite politica que se recusa a aceitar uma simples derrota eleitoral, é grave.
Antes do mais porque instabiliza o país em período de grave crise, interna e importada, económica, quando o que o país necessita é de estabilidade para superar esta crise.
De seguida, porque põe em causa a Democracia.
Isto é, este discurso, a continuar, só demonstra que a comunicação social e esta elite politica só entende como viável a força das maiorias absolutas, pelo que prepara, com o mesmo discurso, de instabilidade gerado, a necessidade de novas maiorias absolutas.
O que agrava a razão do discurso do Presidente da República, pois se o enquadramos neste contexto, o que assistimos é, por um lado ao beneficiar da oposição, PSD/BE/CDS/PCP, e, por outro, à preparação do ambiente de instabilidade governativa que se avizinha e que alguns visivelmente anseiam.
Finalmente, assiste-se ainda à desvalorização das eleições Autárquicas, o que é democraticamente ainda mais grave.
Esta instabilidade só pode ter uma resposta – derrotá-la nas Autárquicas, apoiando as Listas PS e assim preparar as eleições Presidenciais com uma campanha alternativa forte, que só pode ser gerada através da Candidatura de Manuel Alegre, apoiada pelo PS e pela Esquerda que em Lisboa se juntou ao PS.
Na verdade, perante este ambiente de confronto, não vale a pena imaginar estratégias e cenários que não sejam de confronto.
Mais ainda, urge repensar a Esquerda, e recriar a Esquerda, tornando-a maioritariamente não populista e não estatista.
De facto, em outras Democracias, com outras elites e outra comunicação social, a solução seria outra – todos privilegiariam a estabilidade, os consensos de governos de coligação, de forma a que a crise fosse, democraticamente superada num contexto de consensualização nacional.
Mas não é o que está a suceder em Portugal.
E, assim, quem ficar de fora das duas Unidades possíveis, à Esquerda com o PS e em volta de Manuel Alegre e à Direita com Cavaco Silva e em volta do PSD, terá, daqui a dois anos, o seu enterro politico.
Resta, claro, uma alternativa – a de o bom senso surgir no PSD e de surgir uma alternativa no PSD, de centro esquerda, que cubra a estabilidade e a superação da crise que Portugal vive.
Mas esta alternativa não se vislumbra no horizonte, com um PR, de direita a, claramente, opor-se a ela.
Joffre Justino