Mais um debate com grande animação no Clube dos Pensadores com Guilherme Aguiar, candidato à Câmara Municipal de Matosinhos, realizado na pitoresca sala de espectáculos do Flor de Infesta e pilotado, como habitual, por Joaquim Jorge.
Depois da habitual apresentação do debate, Joaquim Jorge descreveu o candidato como um contador de histórias, amigo do seu amigo, sério e competente, que gosta de vencer desafios. Afável e sem “peneiras”, Guilherme Aguiar ( GA) ouviu o moderador do debate dizer que há mais de um ano o tinha apresentado como um nº 2 que seria um bom número um de uma Câmara. Eis que GA está a concorrer à presidência de uma Câmara, com possibilidades de vencê-la, dada a divisão de votos disputados pelos candidatos “naturais” de tendência socialista.
O desafio foi “Pensar Matosinhos” e GA começou por dizer que de facto é preciso pensar Matosinhos, porque digladiar por questões menores, como a paternidade do equipamento A ou B, é pouco. Referiu que ao apresentar o seu programa, até Narciso Miranda incorporou algumas das suas ideias, arrematando “Sem dúvida que NM será um bom vereador, pois já aceitou ideias minhas”.
O ponto central do seu discurso passou pela competitividade do concelho de Matosinhos, hoje muito baixa e que precisa de ser implementada através de um conjunto de infra-estruturas e de uma nova visão, baseada num plano urbanístico estratégico, motor do desenvolvimento de um concelho com uma frente de mar fabulosa, mas mal aproveitada.
Condenou a falta de mobilidade, que condiciona os transportes e penaliza a vertente ambiental. GA também criticou a falta de saneamento, reflectido nas poucas bandeiras azuis e no paradoxo que é em 2009 estar a ser instalado o saneamento na zona residencial adjacente ao shopping na Sra. da Hora.
Algo vai mal quando as indústrias se deslocam para outros concelhos que se tornaram mais competitivos, referiu GA. Quando não há fibra óptica nem infra-estruturas competitivas, o investimento privado vai à sua procura e foi o que aconteceu ao concelho de Matosinhos.
À pergunta de JJ, se Guilherme Aguiar não se chateia quando dizem que é um pára-quedista, este disse que não, pois do ar a visão é mais global e não envereda pelas questiúnculas que têm dominado Matosinhos, cujos temas são pessoalização/fulanização dos acontecimentos. Mesmo a uma provocação no fim do debate, de que um pára-quedista não tem tempo para observar e que é melhor ser governado por quem está no terreno, GA saiu-se bem ao argumentar que em termos de politicas autárquicas não há cores partidárias, pois há autarquias bem governadas em vários quadrantes e o seu contrário.
Sobre os gastos das campanhas referiu-se que são necessários, mas podem ser optimizados, em especial por candidatos, como NM, que é 100% conhecido, pois durante muitos anos foi autarca do município e é uma “figura” mais que conhecida. No entanto, este quis marcar diferença, apresentando uma campanha marcada pela opulência, mas cada um é que deve decidir o que é melhor. Ele, GA, precisava de mostrar aos matosinhenses que era candidato, pois era “de fora”. Daí alguns cartazes.
Guilherme Aguiar garantiu que se ganhar a Câmara, governa com os vereadores que forem eleitos. Está mais preocupado em ter a força da razão, que a razão da força. É um homem de consensos e tem paciência para demonstrar a bondade das suas ideias, mas está preparado para mudar de opinião se lhe demonstrarem que é melhor.
Prometeu apoiar as colectividades com equidade e em função do seu relevo comunitário. É partidário das escolas municipais de modalidades desportivas para garantir desporto para todos. Também justificou a sua promessa de dar livros aos alunos do ensino básico (primário) dos 6 aos 9 anos na rede pública, como manifestação de igualdade entre as crianças. Ninguém vai sentir-se inferiorizado no tocante ao material escolar.
Sobre o Clube dos Pensadores, volta e meia aflito com os custos das suas actividades, disse merecer ser apoiado municipalmente (não comprado), porque presta um serviço cívico, também terá o mesmo direito das outras colectividades. Mas para isso, terá de se organizar juridicamente, talvez como ONG, digo eu.
Transformar Matosinhos no paradigma de defesa do Ambiente e fazer deste tema o mote de desenvolvimento, foi outra das sugestões, que Guilherme Aguiar aproveitou para precisar melhor o seu conceito de Planeamento Urbanístico, que não é só construção, mas equilíbrio com respeito pelo ambiente.
Joaquim Jorge foi elogiado por ser um mamedense que está a honrar a sua terra com o trabalho cívico que tem realizado nos últimos 4 anos à frente do Clube dos Pensadores.
A terminar, GA referiu a importância do turismo e do apetrechamento da frente de mar, carente de hotéis, mais ainda quando tem um aeroporto com promessa de um operador trazer até 5 milhões de passageiros por ano. Quando um terminal de cruzeiros trará navios luxuosos a Matosinhos, o município tem de estar preparado nesta vertente importante do desenvolvimento, coisa que não está.
Sobre a transformação do concelho rural num concelho moderno, lembrou que a Maia era ainda mais rural e hoje já bateu Matosinhos em competitividade e modernidade, tal com os restantes municípios, ou seja, é falacioso o desenvolvimento de Matosinhos, que precisa de mudar de mentalidades, por isso novos protagonistas são necessários.
Eu diria que a visão de fora, ou do ar, o “bird eye” é fundamental para o desenvolvimento. Tal como em muitas das melhores universidades estrangeiras os candidatos a professor catedrático vêm sempre de fora da universidade, justamente por serem pessoas com outro olhar, que fatalmente contagia os internos a desenvolverem-se. Também o olhar de Guilherme Aguiar sobre este concelho pode ser o voo picado que os matosinhenses estavam a precisar.
Para já contribuiu para uma discussão mais séria e menos fratricida e pelos piores motivos, que era apanágio dos últimos anos. Enfim, um bom debate e muito esclarecedor que dará razões a quem julga que a falta de alternância em Matosinhos é a causa da sua estagnação.
Depois da habitual apresentação do debate, Joaquim Jorge descreveu o candidato como um contador de histórias, amigo do seu amigo, sério e competente, que gosta de vencer desafios. Afável e sem “peneiras”, Guilherme Aguiar ( GA) ouviu o moderador do debate dizer que há mais de um ano o tinha apresentado como um nº 2 que seria um bom número um de uma Câmara. Eis que GA está a concorrer à presidência de uma Câmara, com possibilidades de vencê-la, dada a divisão de votos disputados pelos candidatos “naturais” de tendência socialista.
O desafio foi “Pensar Matosinhos” e GA começou por dizer que de facto é preciso pensar Matosinhos, porque digladiar por questões menores, como a paternidade do equipamento A ou B, é pouco. Referiu que ao apresentar o seu programa, até Narciso Miranda incorporou algumas das suas ideias, arrematando “Sem dúvida que NM será um bom vereador, pois já aceitou ideias minhas”.
O ponto central do seu discurso passou pela competitividade do concelho de Matosinhos, hoje muito baixa e que precisa de ser implementada através de um conjunto de infra-estruturas e de uma nova visão, baseada num plano urbanístico estratégico, motor do desenvolvimento de um concelho com uma frente de mar fabulosa, mas mal aproveitada.
Condenou a falta de mobilidade, que condiciona os transportes e penaliza a vertente ambiental. GA também criticou a falta de saneamento, reflectido nas poucas bandeiras azuis e no paradoxo que é em 2009 estar a ser instalado o saneamento na zona residencial adjacente ao shopping na Sra. da Hora.
Algo vai mal quando as indústrias se deslocam para outros concelhos que se tornaram mais competitivos, referiu GA. Quando não há fibra óptica nem infra-estruturas competitivas, o investimento privado vai à sua procura e foi o que aconteceu ao concelho de Matosinhos.
À pergunta de JJ, se Guilherme Aguiar não se chateia quando dizem que é um pára-quedista, este disse que não, pois do ar a visão é mais global e não envereda pelas questiúnculas que têm dominado Matosinhos, cujos temas são pessoalização/fulanização dos acontecimentos. Mesmo a uma provocação no fim do debate, de que um pára-quedista não tem tempo para observar e que é melhor ser governado por quem está no terreno, GA saiu-se bem ao argumentar que em termos de politicas autárquicas não há cores partidárias, pois há autarquias bem governadas em vários quadrantes e o seu contrário.
Sobre os gastos das campanhas referiu-se que são necessários, mas podem ser optimizados, em especial por candidatos, como NM, que é 100% conhecido, pois durante muitos anos foi autarca do município e é uma “figura” mais que conhecida. No entanto, este quis marcar diferença, apresentando uma campanha marcada pela opulência, mas cada um é que deve decidir o que é melhor. Ele, GA, precisava de mostrar aos matosinhenses que era candidato, pois era “de fora”. Daí alguns cartazes.
Guilherme Aguiar garantiu que se ganhar a Câmara, governa com os vereadores que forem eleitos. Está mais preocupado em ter a força da razão, que a razão da força. É um homem de consensos e tem paciência para demonstrar a bondade das suas ideias, mas está preparado para mudar de opinião se lhe demonstrarem que é melhor.
Prometeu apoiar as colectividades com equidade e em função do seu relevo comunitário. É partidário das escolas municipais de modalidades desportivas para garantir desporto para todos. Também justificou a sua promessa de dar livros aos alunos do ensino básico (primário) dos 6 aos 9 anos na rede pública, como manifestação de igualdade entre as crianças. Ninguém vai sentir-se inferiorizado no tocante ao material escolar.
Sobre o Clube dos Pensadores, volta e meia aflito com os custos das suas actividades, disse merecer ser apoiado municipalmente (não comprado), porque presta um serviço cívico, também terá o mesmo direito das outras colectividades. Mas para isso, terá de se organizar juridicamente, talvez como ONG, digo eu.
Transformar Matosinhos no paradigma de defesa do Ambiente e fazer deste tema o mote de desenvolvimento, foi outra das sugestões, que Guilherme Aguiar aproveitou para precisar melhor o seu conceito de Planeamento Urbanístico, que não é só construção, mas equilíbrio com respeito pelo ambiente.
Joaquim Jorge foi elogiado por ser um mamedense que está a honrar a sua terra com o trabalho cívico que tem realizado nos últimos 4 anos à frente do Clube dos Pensadores.
A terminar, GA referiu a importância do turismo e do apetrechamento da frente de mar, carente de hotéis, mais ainda quando tem um aeroporto com promessa de um operador trazer até 5 milhões de passageiros por ano. Quando um terminal de cruzeiros trará navios luxuosos a Matosinhos, o município tem de estar preparado nesta vertente importante do desenvolvimento, coisa que não está.
Sobre a transformação do concelho rural num concelho moderno, lembrou que a Maia era ainda mais rural e hoje já bateu Matosinhos em competitividade e modernidade, tal com os restantes municípios, ou seja, é falacioso o desenvolvimento de Matosinhos, que precisa de mudar de mentalidades, por isso novos protagonistas são necessários.
Eu diria que a visão de fora, ou do ar, o “bird eye” é fundamental para o desenvolvimento. Tal como em muitas das melhores universidades estrangeiras os candidatos a professor catedrático vêm sempre de fora da universidade, justamente por serem pessoas com outro olhar, que fatalmente contagia os internos a desenvolverem-se. Também o olhar de Guilherme Aguiar sobre este concelho pode ser o voo picado que os matosinhenses estavam a precisar.
Para já contribuiu para uma discussão mais séria e menos fratricida e pelos piores motivos, que era apanágio dos últimos anos. Enfim, um bom debate e muito esclarecedor que dará razões a quem julga que a falta de alternância em Matosinhos é a causa da sua estagnação.
Mário Russo