19/09/2009

Escutar É Feio….E É Feio Boatar…


As escutas, as vigias, as actividades afins, têm, para mim, toda a objecção não somente por razões democráticas, mas sobretudo por razões civilizacionais,…é, para mim, pura e simplesmente feio, escutar os outros, vigiar os outros, por principio.

O que não quer dizer que não tenha cometido “esse pecado”, como todos nós, por coscuvilhice que tenha sido.

O que não quer dizer que, em circunstancias excepcionais, controladas pela Lei, pelos Juízes, não aceite as escutas as vigias e as atitudes equiparadas.

Mas não foi bem do que se tratou com o caso da Presidência da República.

A Presidência da Republica, pode, tem Poder para tal, e deve exigir transparência relacional e, perante duvidas deste cariz e neste âmbito, só tem que exigir ser elucidada sobre o que se passa.

Antes de tudo.

E tem, repito-o, o Poder para tal.

Foi o que sucedeu?

Não se percebe. Tudo indica que, no velho hábito da coscuvilhice portuguesa, a opção tomada foi alargar o âmbito do boato e arrastá-lo para a comunicação social, sem prova de nada.

Neste caso devo cumprimentar, ao que parece, o Público que reconheceu o erro, emendou-o e tornou claro que é feio escutar e é feio boatar!

De novo, o PSD em causa.

Primeiro foi com o boicote à Câmara Municipal de Lisboa, a seguir com a história da compra de votos, (ao que parece tornada publica por vingança vinda do PSD), no interior do PSD, nos seus actos eleitorais internos, e agora com esta requentada história das escutas na Presidência da Republica.

Começa a ser actividade negativa a mais…começa a exigir que se pense se vale a pena votar neste PSD de Manuela Ferreira Leite.

Que, coitada, nunca sabe de nada, (mas é então leader de quê, e quer como ser primeira ministra se nem “da casa” toma conta?)?

Defende Manuela Ferreira Leite o pequeno investimento em pequenas Obras Públicas?

É um modelo de governação.

Não pode é ter o seu partido, o PSD Lisboa, para se opor a António Costa, a votar contra os pequenos investimentos públicos em pequenas obras, em Lisboa, a capital de Portugal e ela a leader do partido, PSD, a defender os pequenos investimentos públicos..

Não é nem coerente nem verdadeiro fazê-lo.

Não pode o Presidente da Republica, que foi leader do PSD, defender a coresponsabilização institucional e o seu assessor entrar na campanha anti governo porque tal não é coresponsabilização, é oportunismo politico.

Não é nem coerente nem verdadeiro fazê-lo.

Não pode a leader do PSD defender uma politica de verdade, e ter os dirigentes do PSD, nas secções, para os actos eleitorais internos, do PSD, a comprar votos.

Não é coerente nem verdadeiro fazê-lo.

O país necessita isso sim de quem entenda a importância da estabilidade, política, económica e social, por forma a competirmos com um mercado, mundial, onde a “guerra comercial” é generalizada, e onde Portugal, pequeno país tem, solidariamente, de se proteger, goste o sr Anacleto Louçã ou não, de tal.


Joffre Justino