Mário Russo
A campanha eleitoral que tenho assistido é pobre de ideias e repetitiva, mas revela o poder da cassete usada pelos candidatos. Tem sido pródiga de demagogia, como as anteriores, e nisso não há alterações.
Analisando algumas estratégias, salienta-se a repetição até à exaustão da virtualidade das obras públicas, feita por Sócrates, atacando Manuela Ferreira Leite. Elege as suas grandes obras públicas (aeroporto de Lisboa, TGV, travessia do Tejo) como virtuosas.
Sócrates dá os exemplos de Obama, Sarkozy, Zapatero, etc., para mostrar que está em boa companhia. Porém não está a ser sério, pois o que é duvidoso é o tipo de obra escolhida e não a realização de obras públicas. De facto, as pequenas obras de alguns milhões de euros fomentariam o emprego. As mega obras não são rentáveis e só servem a meia dúzia de empresas portuguesas, se tanto, se não forem todas parar nas mãos de estrangeiros, como já se vislumbra no TGV (o primeiro concurso já foi ganho em preço, por uma espanhola). Basta ler o artigo do ex-ministro das Finanças Campos e Cunha, que não é leviano, para perceber o logro que é a opção pelas megalómanas obras que vão empobrecer o país.
Outra coisa feia em política é dizer que ele (Sócrates) é polido e não ataca os adversários, exortando os adversários a fazerem o mesmo, mas impávido e sucessivamente assiste os seus ministros a fazer o jogo “sujo”, atacando virulentamente os adversários. A isto chama-se hipocrisia, no mínimo.
As sondagens apresentadas desfizeram o empate técnico. Não sei se é fruto da estratégia de cassete de Sócrates, que repetindo até à exaustão, transforma mentiras em verdades, ou se há manipulação cirúrgica, como sugere ter havido nas europeias, ou os tiros no pé do PSD estão a “falar mais alto”. A verdadeira sondagem, de qualquer modo, vai ser feita pelo povo nas urnas.
Claro que a ida de MFL à Madeira, paraíso fiscal em que a “asneira não paga imposto”, defender a magnífica democracia insular, bem como os argumentos de defesa da inclusão dos candidatos António Preto e Helena Costa por Lisboa, revelaram-se um desastre e uma teimosia que lhe poderá ficar cara.
A Dra. Manuela F Leite não se saiu bem nesta dualidade de critérios e tal pode contribuir para a desilusão, reflectida na dita sondagem (?). Também rejeitou a Regionalização, dizendo-se adepta da verdadeira descentralização para corrigir as assimetrias, porque o país já é uma região e pequena. É outra das falsidades repetida até à exaustão que confunde o pagode.
A Região Norte (e o mesmo acontece com o Centro ou o Alentejo), são maiores que 7 dos estados membros da UE, é suficiente para destruir esse mito. Quanto à verdadeira descentralização, eu gostaria que a Dra. Ferreira Leite me explicasse: i) como é que seria feita essa descentralização, ii) que força política teria, iii) que legitimidade teria para reivindicar o “bolo” da riqueza nacional e iv) quem é que exerceria esse poder descentralizado?
Até nisto Sócrates tem sorte. O PSD é hábil em autofagia. Se não é Marcelo a matar é Pacheco a fulminar e agora até a líder se põe a jeito. Com aliados destes é mais fácil ganhar.
Uma coisa é certa, se Sócrates de facto ganhar as eleições é porque a oposição colabora, os portugueses merecem e estão satisfeitos com o forrobodó e a demagogia.
A campanha eleitoral que tenho assistido é pobre de ideias e repetitiva, mas revela o poder da cassete usada pelos candidatos. Tem sido pródiga de demagogia, como as anteriores, e nisso não há alterações.
Analisando algumas estratégias, salienta-se a repetição até à exaustão da virtualidade das obras públicas, feita por Sócrates, atacando Manuela Ferreira Leite. Elege as suas grandes obras públicas (aeroporto de Lisboa, TGV, travessia do Tejo) como virtuosas.
Sócrates dá os exemplos de Obama, Sarkozy, Zapatero, etc., para mostrar que está em boa companhia. Porém não está a ser sério, pois o que é duvidoso é o tipo de obra escolhida e não a realização de obras públicas. De facto, as pequenas obras de alguns milhões de euros fomentariam o emprego. As mega obras não são rentáveis e só servem a meia dúzia de empresas portuguesas, se tanto, se não forem todas parar nas mãos de estrangeiros, como já se vislumbra no TGV (o primeiro concurso já foi ganho em preço, por uma espanhola). Basta ler o artigo do ex-ministro das Finanças Campos e Cunha, que não é leviano, para perceber o logro que é a opção pelas megalómanas obras que vão empobrecer o país.
Outra coisa feia em política é dizer que ele (Sócrates) é polido e não ataca os adversários, exortando os adversários a fazerem o mesmo, mas impávido e sucessivamente assiste os seus ministros a fazer o jogo “sujo”, atacando virulentamente os adversários. A isto chama-se hipocrisia, no mínimo.
As sondagens apresentadas desfizeram o empate técnico. Não sei se é fruto da estratégia de cassete de Sócrates, que repetindo até à exaustão, transforma mentiras em verdades, ou se há manipulação cirúrgica, como sugere ter havido nas europeias, ou os tiros no pé do PSD estão a “falar mais alto”. A verdadeira sondagem, de qualquer modo, vai ser feita pelo povo nas urnas.
Claro que a ida de MFL à Madeira, paraíso fiscal em que a “asneira não paga imposto”, defender a magnífica democracia insular, bem como os argumentos de defesa da inclusão dos candidatos António Preto e Helena Costa por Lisboa, revelaram-se um desastre e uma teimosia que lhe poderá ficar cara.
A Dra. Manuela F Leite não se saiu bem nesta dualidade de critérios e tal pode contribuir para a desilusão, reflectida na dita sondagem (?). Também rejeitou a Regionalização, dizendo-se adepta da verdadeira descentralização para corrigir as assimetrias, porque o país já é uma região e pequena. É outra das falsidades repetida até à exaustão que confunde o pagode.
A Região Norte (e o mesmo acontece com o Centro ou o Alentejo), são maiores que 7 dos estados membros da UE, é suficiente para destruir esse mito. Quanto à verdadeira descentralização, eu gostaria que a Dra. Ferreira Leite me explicasse: i) como é que seria feita essa descentralização, ii) que força política teria, iii) que legitimidade teria para reivindicar o “bolo” da riqueza nacional e iv) quem é que exerceria esse poder descentralizado?
Até nisto Sócrates tem sorte. O PSD é hábil em autofagia. Se não é Marcelo a matar é Pacheco a fulminar e agora até a líder se põe a jeito. Com aliados destes é mais fácil ganhar.
Uma coisa é certa, se Sócrates de facto ganhar as eleições é porque a oposição colabora, os portugueses merecem e estão satisfeitos com o forrobodó e a demagogia.