Mário Russo
O que se passa na TAP nos últimos tempos até parece obra de um Deus menor.
Os trabalhadores de terra uniram-se e estão a provocar constrangimentos a quem pretende viajar.
Numa época de crise profunda, que não deixa margem para dúvidas a ninguém, espanta-me que ainda haja quem julgue que pode cavalgar como quer. A TAP é uma companhia de bandeira que representa o país, que tem apresentado crónicos prejuízos e défices de centenas de milhões de euros, suportados pelo erário público. Mais uma vez em greve, acumulando ainda mais prejuízo.
A recente aquisição de 39 viaturas novas pela administração da TAP, por mais justificável que seja economicamente, foi um mau exemplo pedagógico. Não está em causa que por vezes, em função da idade das viaturas e os modernos meios de aluguer de longa duração, ser prudente mudar. Mas numa altura em que a crise e o desemprego grassam, foi um mau exemplo com reflexos neste braço de ferro.
Penso que a Administração da companhia também actua mal ao não apresentar os valores salariais das classes em greve, bem como dos pilotos, da própria administração e as respectivas contas, designadamente o que têm pago a mais com o preço do petróleo, para se avaliar com transparência e justeza as paralisações recorrentes e mostrar aos portugueses o que está em jogo e a falta de vergonha destes sindicatos de oportunistas.
Parece-me que se trata de orquestração em que a agenda que mais interessa é a de certos dirigentes acoitados em partidos radicais. Como toda a gente sabe, trata-se de gente bem instalada, a usufruir de ordenados superiores aos da restante função pública, porém com um monopólio de reivindicação que os restantes não têm. Prepotentes, arrogantes e autistas.
É que , lamentavelmente, não temos sindicatos com estatura para além do seu umbigo. Prejudicar as empresas, pondo em risco o fechamento de sectores, como é o caso desta empresa da TAP, a Grondforce, que tem concorrentes, é criminoso. A ligeireza que os dirigentes, que se pavoneiam em pose de artistas, é arrepiante e mostra a imaturidade e incompetência dos sindicatos portugueses, de modo geral. Estão apenas preocupados com o seu mundo particular. São surdos e preferem a ruína das empresas à sua manutenção. Preferem as vitórias de Pirro, e o pior é que têm um respaldo enorme da imprensa que lhes dá antena.
Pobre país que até os sindicatos não sabem como defender verdadeiramente os trabalhadores. São mais eficientes em destruir postos de trabalho, que em criá-los.
O que se passa na TAP nos últimos tempos até parece obra de um Deus menor.
Os trabalhadores de terra uniram-se e estão a provocar constrangimentos a quem pretende viajar.
Numa época de crise profunda, que não deixa margem para dúvidas a ninguém, espanta-me que ainda haja quem julgue que pode cavalgar como quer. A TAP é uma companhia de bandeira que representa o país, que tem apresentado crónicos prejuízos e défices de centenas de milhões de euros, suportados pelo erário público. Mais uma vez em greve, acumulando ainda mais prejuízo.
A recente aquisição de 39 viaturas novas pela administração da TAP, por mais justificável que seja economicamente, foi um mau exemplo pedagógico. Não está em causa que por vezes, em função da idade das viaturas e os modernos meios de aluguer de longa duração, ser prudente mudar. Mas numa altura em que a crise e o desemprego grassam, foi um mau exemplo com reflexos neste braço de ferro.
Penso que a Administração da companhia também actua mal ao não apresentar os valores salariais das classes em greve, bem como dos pilotos, da própria administração e as respectivas contas, designadamente o que têm pago a mais com o preço do petróleo, para se avaliar com transparência e justeza as paralisações recorrentes e mostrar aos portugueses o que está em jogo e a falta de vergonha destes sindicatos de oportunistas.
Parece-me que se trata de orquestração em que a agenda que mais interessa é a de certos dirigentes acoitados em partidos radicais. Como toda a gente sabe, trata-se de gente bem instalada, a usufruir de ordenados superiores aos da restante função pública, porém com um monopólio de reivindicação que os restantes não têm. Prepotentes, arrogantes e autistas.
É que , lamentavelmente, não temos sindicatos com estatura para além do seu umbigo. Prejudicar as empresas, pondo em risco o fechamento de sectores, como é o caso desta empresa da TAP, a Grondforce, que tem concorrentes, é criminoso. A ligeireza que os dirigentes, que se pavoneiam em pose de artistas, é arrepiante e mostra a imaturidade e incompetência dos sindicatos portugueses, de modo geral. Estão apenas preocupados com o seu mundo particular. São surdos e preferem a ruína das empresas à sua manutenção. Preferem as vitórias de Pirro, e o pior é que têm um respaldo enorme da imprensa que lhes dá antena.
Pobre país que até os sindicatos não sabem como defender verdadeiramente os trabalhadores. São mais eficientes em destruir postos de trabalho, que em criá-los.
nota. Mário Russo escreveu este artigo antes de saber que a greve foi desconvocada