Joaquim Jorge
Com todo respeito por quem não pode pagar as suas dívidas , por ter ficado doente ou desemprego prolongado , todavia pelos outros não tenho pena nenhuma. Os portugueses são uns snobs e convencidos com a mania da importância em que tudo que vêem querem comprar.
Estive na Finlândia várias vezes e permitiu-me aprender muitas coisas , uma delas , é que qualquer finlandês não se pode endividar mais de 30% do seu salário líquido .
As pessoas têm que aprender que não podem dar passos maiores que as suas pernas e viver de ilusões e loucuras . Quem não tem dinheiro não deve ter vícios. Na altura do Governo de António Guterres , a maioria dos meus amigos e de muitos conhecidos diziam-me com naturalidade , «o que está a dar é dever dinheiro» . Eu ouvia aquilo e dizia para os meus botões esta gente está maluca . Sentia-me por vezes pequenino com tanta ostentação : compra de casa nova e troca logo a seguir ; novo carro e troca logo a seguir , férias , jóias , roupas de marca , etc.
Sempre me pautei pelo equilíbrio gastar conforme as minhas possibilidades num registo , tenho dez gasto nove . Claro que gostaria de ter muitas e muitas coisas mas não me vou empenhar e sei muito bem o que quero . Custa saber o que é bom e não ter acesso a ele. Quem não sabe certamente é mais feliz . Mas como disse Medina Carreira num debate no Clube « não se pode ter vida de rico sendo-se pobre» . Daí , se muitos portugueses estão endividados e sem dinheiro para viver é muito bem feita , limitem-se a ter uma vida mais recatada sem novo-riquismo e com a mania das grandezas , não aceitando que o vizinho tenha um carro melhor do que o deles , etc.
Desta forma ,apesar de não viver com o mal alheio , tenho-me rido baixinho mas na altura quem se ria de mim eram "eles" , os agora endividados.
Com todo respeito por quem não pode pagar as suas dívidas , por ter ficado doente ou desemprego prolongado , todavia pelos outros não tenho pena nenhuma. Os portugueses são uns snobs e convencidos com a mania da importância em que tudo que vêem querem comprar.
Estive na Finlândia várias vezes e permitiu-me aprender muitas coisas , uma delas , é que qualquer finlandês não se pode endividar mais de 30% do seu salário líquido .
As pessoas têm que aprender que não podem dar passos maiores que as suas pernas e viver de ilusões e loucuras . Quem não tem dinheiro não deve ter vícios. Na altura do Governo de António Guterres , a maioria dos meus amigos e de muitos conhecidos diziam-me com naturalidade , «o que está a dar é dever dinheiro» . Eu ouvia aquilo e dizia para os meus botões esta gente está maluca . Sentia-me por vezes pequenino com tanta ostentação : compra de casa nova e troca logo a seguir ; novo carro e troca logo a seguir , férias , jóias , roupas de marca , etc.
Sempre me pautei pelo equilíbrio gastar conforme as minhas possibilidades num registo , tenho dez gasto nove . Claro que gostaria de ter muitas e muitas coisas mas não me vou empenhar e sei muito bem o que quero . Custa saber o que é bom e não ter acesso a ele. Quem não sabe certamente é mais feliz . Mas como disse Medina Carreira num debate no Clube « não se pode ter vida de rico sendo-se pobre» . Daí , se muitos portugueses estão endividados e sem dinheiro para viver é muito bem feita , limitem-se a ter uma vida mais recatada sem novo-riquismo e com a mania das grandezas , não aceitando que o vizinho tenha um carro melhor do que o deles , etc.
Desta forma ,apesar de não viver com o mal alheio , tenho-me rido baixinho mas na altura quem se ria de mim eram "eles" , os agora endividados.