A cada crónica que leio de Joaquim Jorge (e companhia) do Clube dos Pensadores, fico mais interessado pela sua escrita, que se revela cativante e mostra algum conhecimento da realidade cívica portuguesa. É certo que nem sempre concordo com o que escreve, atreveria-me a dizer, raras vezes tal acontece, fruto da minha (in)capacidade, quiçá exagerada, crítica e autocrítica, mas faz-me de facto PENSAR e são poucas as pessoas que o conseguem. Num dos seus mais recentes artigos de opinião, publicado no jornal Primeira Mão, Joaquim Jorge aborda a pertinente questão das candidaturas independentes.
Crítica a impossibilidade de um cidadão não vinculado a uma estrutura partidária poder concorrer a deputado da Assembleia da República e das “barreiras” impostas para uma candidatura a um executivo camarário ou à Assembleia Municipal de um qualquer concelho.
Destaco, ainda, o seu parágrafo inicial: “Interessante seria alguém que nunca teve nenhum cargo público, vindo genuinamente da sociedade civil e conseguisse ter êxito, pôr as suas políticas e ideias em prática. Mas para se ter poder politico (independente dos partidos) é preciso poder económico. Era bonito um dia acontecer, não é fácil chegar lá, mas de todo impossível”.
Sobre este último parágrafo, que me merece completo destaque, quatro curtos comentários:
1 - Reitero o ponto que o poder económico conta muito.
2 - Além da escassez económica, a juventude (a responsável, com ideias, vontade de trabalhar e de pensar) é, também, uma “barreira” junto de certos notáveis e “notáveis”.
3-Para um tal alguém, que se depare com as “barreiras” acima mencionadas, se poder fazer ouvir (mostrar, apresentar serviço,…). Deparando-se com “barreiras”, a sua evolução estagna ou regride e com isso toda a sociedade é afectada de igual forma.
4-Todavia, não é preciso ser-se independente para experenciar tais dificuldades. Mesmo para se obter alguma expressão dentro das estruturas partidárias é preciso algum poder financeiro… e/ou “amizades” ou “conhecimentos”, leia-se, algo que justifique “empurrões” sem ou com escasso mérito.
5-“Era bonito um dia acontecer”. Sem dúvida. É impossível? Provavelmente. Mas há sempre “chatos” ou “tolos” que tentam contrariar as probabilidades. Mesmo que as mesmas se situem, tão só, nos 0.01%, valerá a tentativa.
Preocupem-se as “elites”, os “notáveis”,…
Cláudio Carvalho
Crítica a impossibilidade de um cidadão não vinculado a uma estrutura partidária poder concorrer a deputado da Assembleia da República e das “barreiras” impostas para uma candidatura a um executivo camarário ou à Assembleia Municipal de um qualquer concelho.
Destaco, ainda, o seu parágrafo inicial: “Interessante seria alguém que nunca teve nenhum cargo público, vindo genuinamente da sociedade civil e conseguisse ter êxito, pôr as suas políticas e ideias em prática. Mas para se ter poder politico (independente dos partidos) é preciso poder económico. Era bonito um dia acontecer, não é fácil chegar lá, mas de todo impossível”.
Sobre este último parágrafo, que me merece completo destaque, quatro curtos comentários:
1 - Reitero o ponto que o poder económico conta muito.
2 - Além da escassez económica, a juventude (a responsável, com ideias, vontade de trabalhar e de pensar) é, também, uma “barreira” junto de certos notáveis e “notáveis”.
3-Para um tal alguém, que se depare com as “barreiras” acima mencionadas, se poder fazer ouvir (mostrar, apresentar serviço,…). Deparando-se com “barreiras”, a sua evolução estagna ou regride e com isso toda a sociedade é afectada de igual forma.
4-Todavia, não é preciso ser-se independente para experenciar tais dificuldades. Mesmo para se obter alguma expressão dentro das estruturas partidárias é preciso algum poder financeiro… e/ou “amizades” ou “conhecimentos”, leia-se, algo que justifique “empurrões” sem ou com escasso mérito.
5-“Era bonito um dia acontecer”. Sem dúvida. É impossível? Provavelmente. Mas há sempre “chatos” ou “tolos” que tentam contrariar as probabilidades. Mesmo que as mesmas se situem, tão só, nos 0.01%, valerá a tentativa.
Preocupem-se as “elites”, os “notáveis”,…
Cláudio Carvalho