Francisco Azevedo Brandão
Hoje no «Expresso» lê-se: «O Algarve vazio dos últimos 30 anos...Nas praias, nos restaurantes e nos hotéis é visível o impacto das dificuldades económicas. Há muito menos turistas e o consumo está em queda... O pior verão dos últimos 30 anos... Os restaurantes baixaram os preços, os bares alargaram as happy hours e os hotéis multiplicaram promoções para atrair clientes. Mas todos se acanham na hora de gastar». Pois é, algum dia esta situação tinha de acontecer no Algarve. Ali usou-se e abusou-se dos preços altos e exagerados nos restaurantes, nos hotéis e por tudo quanto era sítio, ávidos das bolsas dos estrangeiros, principalmente dos ingleses que invadiam as esplanadas de Albufeira e Vila Moura, com total desprezo pelos portugueses que se aventuravam a frequentá-los. Na década de oitenta, ávidos de enriquecer depressa e a qualquer preço, abriam os braços aos ingleses, senhores das libras, olhando para os nacionais como pobres coitados, que só sabiam aproveitar as migalhas. Como os preços da estadia eram exageradamente altos para a bolsa, os portugueses viraram-se para o sul de Espanha, onde os preços eram mais acessíveis e eram recebidos de braços abertos. Na década de noventa, os empresários algarvios, apercebendo-se da emigração sasonal dos seus patriotas, começaram então a tratá-los melhor, não prescindindo, porém, dos preços exagerados. Chegou, como se esperava há muito tempo, «o tempo das vacas magras» e é vê-los aflitos a queixarem-se da falta de estrangeiros ( que a crise atinge todos) e a ter que baixar os preços. Esta situação lembra-me a fábula da cigarra e da formiga: no tempo das vacas gordas...era um fartar - a cigarra; agora, que não souberam colher grão a grão as benesses que lhes caiam do céu - a formiga - choram como a cigarra. Que lhes sirva de lição e sejam mais comedidos, como os Espanhóis, que em termos de turismo, estão muito acima de nós.
Hoje no «Expresso» lê-se: «O Algarve vazio dos últimos 30 anos...Nas praias, nos restaurantes e nos hotéis é visível o impacto das dificuldades económicas. Há muito menos turistas e o consumo está em queda... O pior verão dos últimos 30 anos... Os restaurantes baixaram os preços, os bares alargaram as happy hours e os hotéis multiplicaram promoções para atrair clientes. Mas todos se acanham na hora de gastar». Pois é, algum dia esta situação tinha de acontecer no Algarve. Ali usou-se e abusou-se dos preços altos e exagerados nos restaurantes, nos hotéis e por tudo quanto era sítio, ávidos das bolsas dos estrangeiros, principalmente dos ingleses que invadiam as esplanadas de Albufeira e Vila Moura, com total desprezo pelos portugueses que se aventuravam a frequentá-los. Na década de oitenta, ávidos de enriquecer depressa e a qualquer preço, abriam os braços aos ingleses, senhores das libras, olhando para os nacionais como pobres coitados, que só sabiam aproveitar as migalhas. Como os preços da estadia eram exageradamente altos para a bolsa, os portugueses viraram-se para o sul de Espanha, onde os preços eram mais acessíveis e eram recebidos de braços abertos. Na década de noventa, os empresários algarvios, apercebendo-se da emigração sasonal dos seus patriotas, começaram então a tratá-los melhor, não prescindindo, porém, dos preços exagerados. Chegou, como se esperava há muito tempo, «o tempo das vacas magras» e é vê-los aflitos a queixarem-se da falta de estrangeiros ( que a crise atinge todos) e a ter que baixar os preços. Esta situação lembra-me a fábula da cigarra e da formiga: no tempo das vacas gordas...era um fartar - a cigarra; agora, que não souberam colher grão a grão as benesses que lhes caiam do céu - a formiga - choram como a cigarra. Que lhes sirva de lição e sejam mais comedidos, como os Espanhóis, que em termos de turismo, estão muito acima de nós.