Joaquim Jorge
No dia 10 de Junho além do discurso de Cavaco Silva conter imensos alertas e recados apesar de José Sócrates não os ver . Relativamente ao alheamento , resignação , desinteresse pela vida pública dos portugueses e principalmente dos mais jovens. Além de empobrecer a nossa democracia , é necessário promover uma cultura de valores e sobriedade . O novo-riquismo tem de ser erradicado da nossa sociedade contra a opulência e o esbanjamento.
Todavia o discurso de António Barreto , presidente da comissão organizadora das comemorações foi incisivo e critico contra a falta de exemplo da nossa classe política. As palavras não podem ser usadas em vão , podendo perder todo o sentido pela retórica de dizer uma coisa e fazer outra . Na política o poder do exemplo é tudo contra o poder de falar . Quando não se melhora o silêncio o melhor é estar calado .Os nossos governantes e nomeados para cargos públicos deveriam servir para modelo , um espelho para todos nós , podendo-nos dar lições . Todavia o que acontece é que nos dão lições morais e sermões. Os portugueses reagem como diz Eça de Queirós « a única crítica é a gargalhada» , e o glosar com a situação. Parafraseando os Vencidos da Vida ( figuras de relevo da vida portuguesa no séc.XIX): « A política não passa de um banquete : o caso é saber quem paga».
