O primeiro-ministro mais uma vez enviou recados , tentou condicionar e evitar o envolvimento do Presidente da República de forma a não fazer tantas criticas e que essas serão entendidas como uma ajuda à oposição e a Ferreira Leite . Desta forma procura neutralizar o PR , contudo o Presidente tem todo o direito e dever de falar verdade e, dizer umas verdades sejam ou não favoráveis aos ideais deste governo. Se essas afirmações têm mais eco do que as da chefe da oposição esse não é um problema dele.
Falou-se muito de medidas para o futuro mas falou-se pouco no presente e no que se fez ou deveria ter feito. Os portugueses querem efeitos práticos , e já , não palavreado.
Procurou com a sua mestria contornar e fazer de conta em relação às divergências com Cavaco Silva. Todavia as criticas sustentadas e preocupantes da deterioração económica e social são evidentes . A habitual aproximação ao PR , na sua árdua tarefa de cooperação institucional interesseira , empurrando o PSD para fora e considerando-o o vilão.
Relativamente às contas públicas foi conseguida a sua redução mas à custa da classe média . As medidas sociais : complemento social para idosos ; apoio pré-natal ; novos empregos ; etc. , foi um bom momento .
Por fim o Freeport ao dizer que confia na justiça , já percebi que tudo não passará de mais um folhetim como tantos outros . A justiça em Portugal favorece os poderosos e influentes . Mas veio-me à ideia uma coisa , se o que se está a passar com este primeiro-ministro se passasse com outro qualquer já tinha sido demitido em duas penadas . Vitimizou-se atacando a TVI ( jornal Nacional de Sexta-feira ) e o jornal Público.
A sensação que fiquei é que falou-se pouco do que os portugueses gostariam de ouvir .